Soluções para a panificação

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O mercado de produtos saudáveis cresce 20% ao ano. No Brasil, 20% das donas de casa estão preocupadas com a saúde da família, 35% dos domicílios consomem algum tipo de produto diet ou light e 82% das pessoas das classes A, B e C consideram importante o aumento da oferta de produtos diet e light. Os dados fazem parte de um estudo da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos (Abiad) e do Instituto Brasileiro de Educação para o Consumo de Alimentos e Congêneres (IBCA), e estão disponíveis no site do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de São Paulo (Sindipan).

Dentro da categoria dos saudáveis, os cinco produtos mais vendidos são: adoçantes, sucos (refrigerantes), pães, sobremesas lácteas e biscoitos. Com foco em panificação, confeitaria e chocolateria, a Puratos, multinacional belga, há 100 anos desenvolve soluções para este setor e vê no mercado brasileiro de pães uma preocupação com a saúde, e uma permanente necessidade de inovar e de levar mais informação ao consumidor até porque 89% deles estão dispostos a pagar mais por uma comida saudável. "A proposta é apostar em novos grãos, como também em formatos diferenciados de pães, que implicam no aumento do consumo", diz Maria Célia Costa (foto), nutricionista e gerente de Produto da empresa. A multinacional trabalha em várias frentes, uma das quais é através da equipe de vendas diretas e distribuidores, que chega até os clientes com produtos e soluções para seus negócios.

Bem-estar

O pão é uma excelente fonte de hidratos de carbono (o principal fornecedor de energia para o ser humano), proteína, fibras e vitamina B, conforme a farinha usada. Além da ampla variedade de sabores e formatos capazes de motivar o consumidor a comprar muito além da sua necessidade, o pão estimula a produção de serotonina, hormônio responsável pelo bem-estar.

No entanto, o modo de fazer o pão mudou substancialmente nas últimas décadas. Hoje, pode-se afirmar que a 'saudabilidade' (característica e condição do que é saudável) e a redução do tamanho dos pães são tendências, consequência da atual preocupação das pessoas com a saúde e com o bem-estar.

Mais especificamente a redução do tamanho do pão se deve ao aumento do número de pessoas que moram sozinhas e ao fato de que as famílias estão se tornando cada vez menores.

"No entanto, há redes que têm tido sucesso apostando em pães de formato maior, mostrando que o sabor do produto também é fator de decisão na hora da compra. Além do mais, não se deve ter receio de oferecer algo diferente, como um sabor mais ou menos ácido, lácteo ou tostado", acrescenta Maria Célia.

Assim sendo, a Puratos desenvolveu os Pães do Mundo (Pão de São Francisco, Pão dos Alpes, Pão Lituano etc.), uma segmentação de pães especiais que desperta a curiosidade dos consumidores e representa inovação por parte dos estabelecimentos.

"Num período inferior a 10 anos, a Puratos renovou pelo menos duas vezes o seu parque industrial. Investimos, principalmente em tecnologia, algo acima de R$ 10 milhões. Inauguramos as novas linhas de recheios e de misturas para panificação, ambas importadas com tecnologia provada e aprovada nos exigentes mercados da Europa e dos Estados Unidos", afirma Maria Célia.

A partir de 2010, a Puratos decidiu focar muito mais em nutrição e em saudabilidade, e para isso nomeou embaixadores de nutrição em cada país onde atua com a função de agregar saudabilidade aos produtos industrializados, com zero de gordura trans, menor adição de gordura, menor adição de sódio, inclusão de grãos,e mais fibras, entre outros. No Brasil, a embaixadora é Maria Célia.

Conforme dados do Sindipan, a indústria de panificação do Brasil é constituída por cerca de 52 mil empresas geridas por cerca de 100 mil empresários e emprega mais de 550 mil trabalhadores. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda um consumo de pão per capita de 60 quilogramas por habitante por ano; no entanto, no Brasil temos diferenças grandes de consumo entre as regiões. Por exemplo: as Regiões Sul e Sudeste consomem uma média de 35 quilos per capita ao ano, ao passo que a Nordeste só atinge 10 quilos per capita ao ano. As diferenças estão relacionadas a fatores como: hábitos culturais, poder aquisitivo, qualidade e variedade dos produtos, e a concorrência com outros produtos (milho, mandioca etc.)

O pão deveria estar presente na mesa de qualquer brasileiro, mas a realidade é outra. "Milhões de pessoas passam fome no País, e deveríamos incentivar os setores que podem levar alimentos de maneira rápida e barata ao povo. A indústria de panificação pode e quer fazer isso, e este é o mesmo pensamento da Puratos", acentua Maria Célia.

 

Veículo: DCI


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