Um estudo realizado em 2007 pela Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) com cerca de 300 empresas de diversos portes revelou alguns dados interessantes em relação à educação corporativa no Brasil. O investimento anual médio por treinando no país é de R$ 1.527, superior ao valor médio encontrado na pesquisa anterior (R$ 1.342). Em termos internacionais, dados divulgados pela associação americana do setor, a ASTD, mostram uma média de US$ 826 para os EUA, US$ 743 para a Europa, US$ 459 para a Ásia e US$ 395 para a América Latina. A proporção entre o investimento anual médio de treinamento/homem e a folha de pagamento, no Brasil, é de 3,4 %, superior à média dos Estados Unidos (2,6%) e Europa (2,5%).
O número médio de horas anuais de treinamento presencial por funcionário no Brasil é de 37,5 horas, o equivalente a cerca de 4,6 dias da jornada de trabalho a cada ano dedicados a atividades de desenvolvimento e treinamento. No ano anterior, a média foi de 47 horas, redução que se explica, segundo a ABTD, pelo desenvolvimento de recursos tecnológicos. O estudo retrata, aliás, que o uso da tecnologia neste ramo é uma tendência irreversível. Atualmente, 86% dos treinamentos ainda são presenciais, enquanto a média mundial é de 66%, mas essa diferença tende a diminuir.
As empresas pesquisadas investem em média R$ 1,7 milhão anualmente em treinamento e desenvolvimento, sendo que, quanto maior o porte, maior a média de recursos aplicados. Em relação à mensuração de resultados - um dos maiores desafios das universidades corporativas -, o estudo mostra que existe uma preocupação crescente com o tema. Caiu de 22% para 12% o número de empresas que não mensura as ações de treinamento, apesar de o método mais utilizado ainda ser as avaliações de participantes (35%). O número de organizações que usa indicadores de desempenho para avaliar os impactos dos investimentos cresceu de 33% para 44% entre 2006 e 2007. (RL)
Veículo: Valor Econômico