Alta de 53,13% nos preços dos fertilizantes utilizados na lavoura impacta atividade no país.
O Custo Operacional Total (COT) da produção de café acumulou alta de 22,88% de novembro de 2007 a agosto de 2008, principalmente devido ao aumento dos preços dos fertilizantes utilizados na lavoura cafeeira, que foi de 53,13% no período. Estes insumos tiveram participação de 17,95% na variação do COT.
As informações estão no "Ativos do Café", pesquisa elaborada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Universidade Federal de Lavras (Ufla. Em agosto, o levantamento apontou elevação de 1% nos custos totais da atividade. Os fertilizantes registraram variação 1,34%, enquanto defensivos e corretivos tiveram valorização mensal de 7,73% e 7,98%, respectivamente.
Exportação - A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) iniciaram um novo projeto para o período 2008/2010 que prevê investimentos de R$ 24,084 milhões em ações de promoção do produto brasileiro no mercado internacional, visando o aumento das exportações.
O novo projeto prevê novas estratégias para a inserção dos Cafés do Brasil em diferentes mercados, principalmente os considerados traders, que são países ou regiões com um alto potencial de comercialização dos produtos, mas ainda com baixo consumo, como Panamá, Chile, Turquia e Cingapura, entre outros. Os Estados Unidos são o principal mercado, com 70% das exportações. Outros países que serão alvos das promoções são Japão, Coréia do Sul, Argentina, Chile, Portugal, Espanha, França, Polônia e Alemanha; além de países do Leste Europeu.
Entre as atividades inovadoras há o início de parcerias com associações que reúnem chefs de cousine e restaurateurs, a começar pelo Chile, onde acontecerá o Congresso Mundial da World Association of Chefs’ Societies (WACS). Outra parceria será com a equipe brasileira de chefs que participará dos maiores concursos mundiais, como o Bocuse D’Or. Durante tais eventos serão montadas Semanas Gastronômicas do Brasil, sempre em restaurantes renomados com convites orientados ao público formador de opinião. Nestes períodos, o destaque é a culinária típica brasileira, juntamente com degustações de Cafés do Brasil.
Mas as inovações não param por aí. O novo projeto prevê a formação de um time de baristas - o Brazilian Coffee Team - cuja missão será, além de exibir suas aptidões e criatividade nos eventos propostos, propiciar um serviço diferenciado de cafés, drinques e coquetéis que tenham como base o café nacional, complementando a percepção positiva dos produtos e sua origem.
"Este é o momento de plantar no mercado mundial a imagem do Brasil como produtor e processador de cafés de excelente qualidade, em quantidade mais que suficiente para atender ás demandas mundiais", observou o presidente da Apex-Brasil, Alessandro Teixeira.
Para o presidente da Abic, Almir José da Silva Filho, "todas as estratégias promocionais permitirão às indústrias efetivar novas e duradouras parcerias comerciais, potencializando a presença da marca Cafés do Brasil junto aos consumidores de inúmeros países".
O primeiro projeto implementado em conjunto entre a Abic e a Apex-Brasil foi em 2002 e vem surtindo efeitos altamente positivos para os cafés do Brasil. Os negócios, que eram da ordem de US$ 4 milhões inicialmente, deram um grande salto: em 2007 as vendas chegaram a U$ 26 milhões - valor que já foi superado nos primeiros dez primeiros meses de 2008, quando as exportações de café torrado e moído atingiram US$ 34 milhões.
Veículo: Diário do Comércio - MG