A crise financeira internacional ainda não afetou os negócios da norte-americana General Mills, indústria alimentícia com planta em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), no Brasil. De acordo com o gerente de Marketing, Marcos Henrique Scaldelai, as projeções de crescimento da empresa, que detém as marcas Frescarini e Forno de Minas, estão mantidas.
A indústria deverá fechar 2008 com um incremento de 15% no faturamento em relação ao exercício passado. Segundo o gerente, o nível de demanda por produtos da companhia ainda não apresentou retração. Com isso, o ritmo se mantém o mesmo registrado no decorrer do ano.
Ele lembrou que no primeiro semestre deste ano a empresa realizou investimentos para ampliar a unidade em Contagem. Com os aportes, passaram a ser produzidos em Minas as massas da linha Frescarini, que eram fabricadas na Argentina.
Também é produzido na RMBH a massa congelada de pão de queijo Forno de Minas, que foi adquirida pela companhia em 1999. Apesar de não revelar o valor investido, em matéria publicada anteriormente pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, eram estimadas inversões da ordem de R$ 10 milhões.
Conforme Scaldelai, cerca de 5% da produção do pão de queijo é exportada, sendo o principal destino os Estados Unidos. Além disso, há embarques para a França, Itália e Japão. No caso das massas, a comercialização é realizada somente no Brasil. "São produtos frescos, o que invabiliza as exportações", explicou.
Geração de empregos - Com os investimentos na planta mineira foram criados entre 50 e 60 postos de trabalho, segundo o gerente de Marketing. A General Mills é responsável pela geração de 350 postos de trabalho na RMBH.
Além dos itens produzidos em Minas, a companhia importa as linhas Haangen-Dazs (sorvetes) e Nature Valley (barras de granola). A empresa prepara-se para conquistar 15% do mercado nacional de sorvetes superpremium em virtude de ações para consolidar a marca Haangen-Dazs.
A General Mills é a quinta maior fabricante de alimentos do mundo. A empresa está presente em mais de 100 países, sendo reponsável por 25 mil postos de trabalho no mundo. O faturamento da companhia é de aproximadamente US$ 16 bilhões anuais. A multinacional está presente no Brasil desde 1996.
De acordo com os últimos resultados divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), as vendas reais do setor cresceram 4,5% no primeiro semestre de 2008, ante o mesmo período do ano passado. As projeções para o atual exercício apontam para um faturamento de R$ 60,9 bilhões, o que representa um incremento de 19,8% sobre 2007.
Os setores que impulsionaram os negócios foram o de derivados de trigo, carnes, óleos e gorduras vegetais, chocolates e foodservice (alimentação fora do lar). A entidade ainda informou que a produção da indústria de alimentos cresceu 7,9% nos primeiros seis meses do ano, ante igual período do exercício passado.
Veículo: Diário do Comércio - MG