Dona das marcas Brastemp e Consul estuda abrir o quinto centro de tecnologia no Brasil para manter liderança na região
A Whirlpool, dona das marcas Brastemp e Consul no Brasil, ainda não sabe exatamente quando e muito menos onde, mas tem certeza de que ampliar a quantidade de centros de tecnologia no Brasil - atualmente existem quatro unidades - é um dos caminhos para manter a liderança na América Latina.
É que a inovação de produtos hoje se traduz em aumento de vendas. Simples assim, como explica Mario Fioretti, gerente geral de Design e Inovação da Whirlpool América Latina. “Os produtos inovadores passaram de uma participação na receita de 2,5% em 2005 para 27,3% neste ano”, afirmou ao BRASIL ECONÔMICO .
E para potencializar a área, a companhia tem apostado nas cores e na customização dos eletrodomésticos, que podem ser produzidos sob medida, ao gosto do freguês. “Trata-se de um mercado bastante competitivo e temos de criar ferramentas para continuar a liderar dia a dia.”, explicou Fioretti.
Resultados
Mesmo com ganhos de participação da linha inovadora, o resultado da companhia na América Latina apresentou retração no segundo trimestre. No período, as vendas somaram US$ 1,2 bilhão, abaixo dos US$ 1,3 bilhão registrado no mesmo período do ano anterior. De acordo com a empresa, excluindo efeitos de câmbio e incentivos fiscais, as vendas aumentaram mais de 8%, com volumes um pouco maiores.
Globalmente, a Whirlpool conseguiu fechar o trimestre com resultado positivo. O lucro somou US$ 113 milhões no segundo trimestre deste ano, ou US$ 1,43 por ação, revertendo as perdas de US$161 milhões (US$ 2,10 por papel) apresentadas um ano antes. De acordo com a Whirlpool, o desempenho foi resultado de “contínuas melhoras no mix e preço dos produtos e custos, além de iniciativas de redução de capacidade”. Mas apesar do aumento, o lucro ajustado não conseguiu atingir o consenso dos analistas que acreditavam em ganhos de US$ 1,58 por ação.
Perspectivas
Após a divulgação do balanço, a empresa manteve as estimativas de lucro entre US$ 5 e US$ 5,50 por ação e fluxo de caixa livre entre US$ 100 e US$ 150 milhões para este ano. Porém, informou que espera estabilidade ou redução de até 2% nas vendas da América do Norte e queda de 2% a 5% na unidade da Europa, Oriente Médio e África. No sentido oposto, a empresa prevê alta de zero a 2% nos embarques da Ásia e de 5% a 7%na América Latina
Veículo: Brasil Econômico