Alimentos cozidos rendem R$ 37 milhões

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Empresa paranaense vai ampliar distribuição no País e exportar produtos para Peru, Japão e também Estados Unidos



Com vontade de comer um escondidinho, mas com preguiça de dessalgar a carne seca e ainda descascar e colocar a mandioca para cozinhar? Para quem quiser pular essas etapas do preparo, a Vapza vende os produtos já prontos. A empresa de alimentos embalados a vácuo e cozidos no vapor apostou na praticidade e não se arrependeu. O faturamento foi de R$ 37 milhões em 2011 e, neste ano, a meta é superar R$ 50 milhões e ampliar as vendas para o mercado internacional.

A empresa foi fundada em 1995 e tinha oito sócios no início. Mas há cinco anos a família Milani assumiu o comando da companhia e promoveu uma reestruturação com investimentos na fábrica, localizada na cidade de Castro, no Paraná.

A batata cozida no vapor foi o primeiro produto lançado e a boa aceitação no mercado incentivou a diversificação. Hoje, a Vapza oferece mais de 40 produtos - disponíveis no varejo, para o consumidor final, mas também em restaurantes. O desafio, a partir de agora, é conquistar novos mercados. Por isso, a Vapza aumentou de seis para trinta seus distribuidores e está presente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No segundo semestre, os alimentos chegam ao Norte e Nordeste.

A marca também investe nas exportações. As vendas começaram timidamente para Espanha e Inglaterra há dois anos. Mas atualmente os produtos são exportados para Angola, Venezuela e Panamá. No segundo semestre, Peru, Estados Unidos e Japão devem começar a receber os alimentos cozidos.

"No ano passado, as exportações representaram 4% do faturamento e queremos ampliar esse número para 8% em 2012", afirma o diretor-executivo da Vapza, Enrico Milani, 28 anos.

Para dar conta dos pedidos, a fábrica será ampliada e passará a produzir 1,1 mil toneladas por mês de produtos até o fim de dezembro. A capacidade atual é de 600 toneladas. O aumento da produção, no entanto, é planejado com cuidado. Tudo para manter intacto o diferencial do negócio. A Vapza embala os alimentos ainda crus a vácuo e eles são cozidos dentro da própria embalagem, o que evita o uso de conservantes. O processo mantém os nutrientes dos alimentos e não há risco de contaminação. Depois de passar pelo procedimento, os produtos ganham a característica 'longa vida' e o prazo de validade é variável. A batata cubada, por exemplo, pode ser consumida em até quatro meses.

Caminho certo

Enzo Donna, diretor da consultoria ECD, especializada em food service, aponta três tendências do mercado de alimentação: prazer de comer, cuidado com a saúde e conveniência. Em sua avaliação, a linha oferecida pela Vapza busca atender a esses três atributos. "As famílias estão menores, homem e mulher trabalham e não têm tempo. Tudo o que facilite vem de encontro às necessidades."

O especialista acredita que a empresa tem realmente potencial para ganhar mercado. "A Vapza é a segunda resposta da indústria (a primeira foram os alimentos simplesmente congelados). Vejo que existe um grande espaço para o crescimento na área de consumo", opina Enzo Donna.


Veículo: O Estado de S.Paulo


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