Mercado interno à procura de algodão

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A quebra da safra de algodão no Brasil e a manutenção dos volumes de exportação da pluma neste ciclo em 1 milhão de toneladas podem trazer algum aperto na oferta do produto no mercado interno. Tudo vai depender do tamanho da quebra da safra nacional, em fase de colheita.

Até agora, a indústria têxtil do país comprou antecipadamente 185 mil toneladas da pluma, segundo dados da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), mas deve precisar de 825 mil até o fim da safra, em junho do ano que vem, segundo estimativas do mercado.

A colheita no Brasil atinge neste momento em torno de 50% da área plantada no país e os dados de quebra de produtividade divergem. A Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) prevê que a colheita atingirá 1,780 milhão de toneladas que, se for confirmada, trará o aperto na oferta. Mas a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) prevê 100 mil toneladas a mais, ou seja, 1,880 milhão de toneladas, o que significaria uma oferta confortável no mercado interno.

A BBM registra que há cerca de 834 mil toneladas de algodão em pluma vendidas antecipadamente nesta safra 2011/12 no Brasil, dos quais apenas 185 mil toneladas são destinadas ao mercado interno. O presidente da Anea, Marcelo Escorel, acredita que o número de todo o mercado esteja próximo de 1,1 milhão de toneladas, pois há uma parte dos negócios que não é registrada na BBM. "De fato, a indústria têxtil comprou pouco antecipadamente, sobretudo porque os preços estavam em queda com perspectivas de cair mais. Agora, as indústrias estão voltando ao mercado", diz Escorel.

Na sexta-feira, as cotações da pluma voltaram a cair na bolsa de Nova York (ver mais sobre preços à página B-12). No mercado interno, os preços seguem sustentados e no mês subiram 0,83%, segundo o Cepea/Esalq.

Para o presidente da Abrapa, Sérgio De Marco, o mercado interno está percebendo alguma escassez do produto, causada pela quebra de safra e, por isso, as cotações não despencam, mesmo em pico da safra.

De qualquer forma, diante dos preços atuais, ele acredita ser provável que o produtor brasileiro reduza na próxima safra, a 2012/13, o plantio em pelo menos 30%. Na sexta-feira, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu em 3,57% a expectativa de produção para o Brasil.



Veículo: Valor Econômico


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