Previsão de aumento das vendas de leite longa vida

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A Indústria de Leite Longa Vida projeta que as vendas do produto deverão crescer entre 3,5% e 4% em 2012 em relação ao ano passado, quando o incremento observado na comparação com 2010 chegou a 6,7%. A prevista redução de ritmo decorre dos respingos da crise mundial na economia brasileira, de acordo com avaliação de Laércio Barbosa, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV).

"A tendência é que o segundo semestre recupere o primeiro, marcado por um certo desânimo", afirmou Barbosa durante evento que comemorou os 18 anos da entidade, ontem em São Paulo.

Nas contas do dirigente, o volume de vendas até o fim de 2012 deverá chegar a 6 bilhões de litros, ou R$ 12 bilhões. Ele reforça sua expectativa baseado na presença do leite longa vida (UHT) em 87% dos lares brasileiros. "No início dos anos 1990 não chegava aos 10%".

O presidente da ABLV aposta no aumento do consumo no Nordeste, considerada a nova fronteira agrícola para o segmento de lácteos. A associação registrou um crescimento de 5 pontos percentuais nos últimos cinco anos, em especial no Ceará e Pernambuco. Hoje, a região ainda responde por apenas 10% (3 bilhões de litros) da produção nacional. "Mas este cenário vai mudar em breve", prevê.

A transformação, segundo ele, será semelhante à que ocorreu em outras bacias leiteiras no passado, como Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, que se incorporaram às tradicionais produções de Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Mesmo otimista, Laércio Barbosa não descarta as dificuldades encontradas pelo segmento, em especial, o aumento nos custos da atividade leiteira. "As recentes altas de milho e soja têm sido um problema e tanto para o pecuarista".

Segundo levantamento do Cepea/Esalq, os custos com alimentação concentrada subiram 7% de maio para junho, considerado o aumento mais expressivo durante o primeiro semestre do ano. Em contrapartida, o preço médio pago ao produtor pelo litro de leite teve queda de 1,24% em relação a maio. De acordo com os pesquisadores, a quebra na produção de soja no Brasil e as incertezas com a safra americana em decorrência da seca, elevou a procura pelo grão, turbinando seus preços. O estudo aponta, ainda, que o cenário não mudará nos próximos meses.



Veículo: Valor Econômico





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