Setor de vestuário registra queda de 3%

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O setor de vestuário em Minas registrou retração de 3% na atividade em junho em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o Sindicato das Indústrias do Vestuário no Estado de Minas Gerais (Sindivest-MG), as perdas são conseqüência da forte presença de produtos chineses no mercado. Empresários também destacam a inadimplência de pessoas físicas como um dos fatores que contribuíram para a queda. Apesar do resultado, empresários esperam retomar o crescimento no segundo semestre.

"A retração de 3% é significativa para o setor, mas não é alarmante. Em julho, já tivemos resultados um pouco melhores, embora os dados ainda não estejam fechados", garante o presidente do Sindvest-MG, Michel Aburachid, que está otimista para a recuperação das perdas no segundo semestre. Ele explica que os estoques de produtos oriundos da China no mercado ainda são grandes. "Esse é um dos fatores que mais atrapalham nosso mercado", observa..

Com o objetivo de driblar o problema e aumentar a competitividade dos produtos nacionais, os governos federal e estadual vêm tomando medidas de incentivo. Para Aburachid, tais medidas são positivas, mas não protegem o produto nacional. "Desoneração da folha de pagamento, retirada da contribuição do INSS, aumento na participação do segmento têxtil nas licitações são medidas de ajuda ao setor mas, não, de proteção", avalia.

Além de alterar a rotina das lojas, a presença dos produtos chineses já chega ao chão de fábrica em Divinópolis, no Centro-Oeste do Estado, um dos principais polos do setor de vestuário. "Para enfrentar a concorrência dos importados, fábricas daqui também têm adquirido produtos chineses para conseguir baixar custos de produção", afirma um empresário, cuja empresa registrou retração de 20% nas vendas em junho.

Outro ponto que contribuiu para a retração no setor, na avaliação do diretor administrativo da confecção Rogério Costa, no bairro Prado, região Oeste da Capital, Laércio Costa, é a inadimplência da pessoa física. "Por causa disso, os lojistas estão apertados, lutando para manterem as vendas", destaca.


Otimistas - A proprietária da Bagage Confecção, Júnia Rocha, relata que a empresa, também com sede no bairro Prado, teve uma retração de 12% no primeiro semestre ante o mesmo período no ano passado. No entanto, ela está otimista para os próximos meses. "Neste mês de agosto já tivemos um crescimento de 5% nas vendas com relação a julho", garante.

Quem também está com boas expectativas para o segundo semestre é a diretora da confecção Tutta Star, no bairro Prado, Shirley Andrade. Segundo ela, a empresa teve um crescimento de aproximadamente 30% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano anterior. "Vivemos um bom momento e esperamos mais 40% de crescimento no segundo semestre", prevê.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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