Itabirito ganha agroindústria

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A inauguração da agroindústria para processamento de palmito, instalada em Itabirito, na região Central de Minas Gerais, está prevista para o final de 2012, entre novembro e dezembro. Com o início das atividades, a expectativa é agregar valor ao palmito, gerar empregos e renda na região. Até o final do ano, cerca de 150 mil plantas já estarão prontas para o corte e processamento. Ao todo, serão investidos no projeto R$ 480 mil.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), unidade Itabirito, Lúcio Passos Ferreira, a atividade é considerada lucrativa e o mercado está em franca expansão, o que incentiva o ingresso de novos produtores.

"A demanda pelo palmito é crescente e o preço pago pelo produto processado é lucrativo. Estamos aproveitando o potencial da região para investir no desenvolvimento da cultura, gerando mais oportunidades de empregos e renda. A expectativa é ampliar significativamente a produção ao longo dos próximos anos", conta.

O avanço da produção será estimulado, principalmente, pela construção da agroindústria. Segundo Ferreira, a instalação da unidade de processamento foi viabilizada pela parceria formada entre os produtores de palmito, a Emater-MG, as empresas da região e a prefeitura do município, que além da mão de obra disponibilizaram os recursos para o empreendimento.

Segundo a Emater-MG, as obras da unidade já foram concluídas e a etapa atual é de aquisição e instalação de equipamentos. Tanto a compra como a instalação do maquinário serão feitos com a liberação de recursos provenientes do governo federal, cerca a de R$ 120 mil.


Capacidade - A fábrica terá capacidade total produtiva de 1,2 milhão de potes de 350 gramas de palmito drenado por ano. O preço médio do produto deve ficar entre R$ 9 e R$ 14 no mercado. Em princípio, o palmito será destinado aos supermercados locais. As vendas serão ampliadas conforme o desenvolvimento da cultura.

"Estamos otimistas e esperamos inaugurar a indústria no final do ano. Já passamos por uma vistoria prévia da Vigilância Sanitária, que avaliou parte das instalações e aprovou a construção. Com a instalação dos equipamentos, passaremos por nova avaliação para obtenção da licença de funcionamento", afirma Ferreira.

A atividade é lucrativa. Enquanto o custo de produção de uma estipe gira em torno de R$ 1,20, o preço pago pelas indústrias fica em torno de R$ 3,40 por unidade que rende, em média, 1 quilo de palmito. Até o final do ano, estarão em idade de corte entre 100 mil e 150 mil plantas, o que renderá em torno de 300 mil potes de 350 gramas de palmitos.

Após processado e embalado, o palmito precisa ficar em quarentena. O processo tem como objetivo resguardar o consumidor, já que durante esse período são feitos testes para identificar a presença de fungos e bactérias prejudiciais à saúde.

Atualmente, 110 produtores estão investindo no plantio das palmeiras imperiais. Ao todo, são 900 mil mudas plantadas na região, com idade variando entre nove meses e 5 anos. A Prefeitura de Itabirito desenvolve projeto de doação de mudas para estimular o plantio das palmeiras pelos agricultores familiares. O banco de mudas possui em torno de 35 mil unidades.

O tempo médio transcorrido entre o plantio e o corte do palmito é de três a cinco anos. A rentabilidade é alta, sendo possível cultivar cerca de 17 mil plantas por hectare. Além de Itabirito, a cultura tem se expandido para Ouro Preto, Brumadinho, Mariana, Nova Lima e Caeté.



Veículo: Diário do Comércio - MG



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