Indústria se une para ajudar desabrigados

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A indústria têxtil de Blumenau (SC) está desempenhando papel relevante na recuperação da cidade e na difícil tarefa de apoiar as vítimas que perderam suas casas em virtude das enchentes que castigaram o Vale do Itajaí. Santa Catarina abriga o segundo maior pólo têxtil nacional, responsável por 15% da produção brasileira e por vendas mensais de US$ 200 milhões.

 

Após a maior tragédia climática da história de Santa Catarina, um grupo de entidades empresariais do Estado, liderado pelo Sistema Fiesc e com o apoio do Sindicato da Indústria do Vestuário, Fiação e Tecelagem de Blumenau e Região (Sintex), está empenhado em auxiliar a população a voltar ao lar. Segundo o Sintex, 15% dos 75 mil trabalhadores da região ainda não voltaram a trabalhar.

 

Uma das iniciativas da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e do Sintex para ajudar as vítimas foi a criação do Fundo de Solidariedade Volta ao Lar, que tem como objetivo maior adquirir terrenos fora das áreas de risco para que os desabrigados e desalojados reconstruam suas casas. O presidente do Sintex, Ulrich Kuhn, destaca a importância das doações, independente do valor. "Milhares de pessoas perderam não apenas suas casas, mas também os terrenos onde moravam, e é essencial que elas tenham um ponto de partida para reconstruírem seus lares", diz.

 

Em Blumenau, a tragédia atingiu aproximadamente 100 mil pessoas e deixou 25 mil desabrigados. Em toda a região afetada pelas chuvas no Vale do Itajaí são cerca de 80 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas. Já foram registradas 116 vítimas fatais na região.

 

As indústrias têxteis do Vale do Itajaí também se uniram na Rede de Solidariedade Têxtil, desenvolvendo ações em prol de seus colaboradores e da comunidade. A Cia Hering doou 13 mil peças de roupas e disponibilizou água potável, tanto para colaboradores e seus familiares como para moradores das redondezas. Também montou cinco postos de arrecadação nas unidades de Santa Catarina e São Paulo.

 

A Malwee Malhas doou mais de 60 mil peças de roupa a comunidades atingidas pelas cheias. Veículos da empresa auxiliam na reconstrução de estradas e o Parque Malwee, em Jaraguá do Sul, foi aberto para ligar bairros que estavam isolados. A empresa ainda doou móveis usados para seus parceiros que sofreram perdas e no momento realiza uma campanha interna para arrecadar alimentos, roupas, calçados, eletrodomésticos, etc.

 

A Haco criou o hot site www.haco.com.br/sosblumenau e o divulgou para todo o seu mailing. A empresa também está recebendo doações de todo o País. Além disso, a companhia colocou à disposição do Exército e da Defesa Civil combustível de seu hangar para o abastecimento dos helicópteros usados em salvamentos. O helicóptero da empresa também está distribuindo alimentos e medicamentos.

 

A Teka está arrecadando agasalhos, cobertores, alimentos e produtos de limpeza em todas as suas unidades, para serem doados primeiramente aos colaboradores. A empresa também está doando enxovais a colaboradores que perderam suas casas. Já a Dudalina disponibilizou água potável em Blumenau e Luís Alves, o que beneficiou inclusive o hospital de Luís Alves.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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