Codesp vai explorar bacia hidroviária para elevar movimentação em Santos

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Uma bacia hidroviária com cerca de 200 quilômetros de extensão começa a ser explorada junto ao porto de Santos, como alternativa de transporte e aumento das atividades produtivas da região. O potencial do conjunto de rios que desaguam direta ou indiretamente no estuário é suficiente para elevar em 10 milhões de toneladas/ano a movimentação de cargas do porto, ao custo estimado de US$ 10 bilhões, em uma década. Santos movimenta por ano cerca de 80 milhões de toneladas de cargas. 

 

Rios, como o Cubatão, Casqueiro e Cascalho, na região de Cubatão; o Rio Branco e o Piaçabuçu, em Praia Grande; o canal de Bertioga, que une esse município litorâneo e o de Guarujá ao estuário; e o Mar Pequeno, em São Vicente apresentam elevado potencial de unir-se em uma bacia hidrográfica comum, tendo como eixo o porto de Santos, cuja demanda continua a crescer. 

 

José Antonio Marques de Almeida, engenheiro da Codesp especializado em assuntos marítimos, ao fazer ontem a apresentação do estudo "Perspectivas de uma bacia hidrográfica regional no porto de Santos", acentuou que a nova saída logística em torno do porto "pelas questões ambientais e pela redução de custos, interessa a todos e poderá culminar com a venda de créditos de carbono pelo porto". Ele citou exemplos de zonas de atividade logística em outros países, nas quais há uma segregação de espaços entre portos e cidades. 

 

A exposição atraiu o interesse de outras cidades que compõem a Baixada Santista, que inclui nove municípios. Guarujá, entre eles, que já conta com a margem esquerda do porto de Santos, aprovou em seu plano diretor uma área de 3,2 milhões de metros quadrados, junto ao canal de Bertioga, para atividades retroportuárias, que também poderão ser expandidas para portuárias. Praia Grande tem aprovada a construção de um aeroporto de cargas, a fim de interagir com importações e exportações por Santos. São Vicente conta com um distrito industrial, no qual quer integrar-se a Santos, com retroáreas portuárias, e ao interior paulista. 

 

Há unanimidade entre os técnicos municipais quanto aos gargalos oferecidos por pontes rodoviárias e ferroviárias no trajeto dos rios, que terão de adaptar-se às embarcações marítimas, mesmo quando exigem um calado menor. 

 

A expansão dos limites do porto de Santos é defendida por José Roberto Correia Serra, presidente da Codesp. Ele destaca a necessidade da transferência de operações para novas plataformas operacionais, até mesmo offshore, com vistas a ligar o alto mar ao porto, por meio de dutos para o transporte de petróleo e álcool, entre outros. Serra afirma que "o porto de Santos é maior que qualquer grande idéia", ao se referir ao potencial da região. 

 

Veículo: Valor Econômico


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