Falta de feijão provoca alta do preço no campo

Leia em 1min 40s

Nada do milho ou da soja norte-americanos. Quem roubou a cena no mercado de commodities nos últimos dias foi o feijão brasileiro.

O preço da saca do carioquinha subiu 21,3% em um só dia, atingindo ontem

R$ 180,33 em média no país, segundo pesquisa da Folha. Em 30 dias, a valorização chega a 32,6%.

O motivo é simples: falta feijão no mercado. Apesar de Goiás e Minas Gerais estarem no final da colheita da terceira safra, que é irrigada, a oferta não é suficiente para atender à demanda nacional.

"Estamos em final de mês, quando há reposição do produto nos supermercados, e a maior parte do Brasil não tem feijão", diz Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consultoria, especializada no setor.

Segundo ele, há espaço para os preços subirem ainda mais. A próxima colheita deve ocorrer somente entre o final de outubro e novembro. E os volumes não devem ser muito animadores.

A alta da soja no mercado internacional está incentivando agricultores, principalmente os do Sul, a optar pelo plantio da oleaginosa em vez do feijão. Mesmo com a recente valorização do grão, a soja ainda é mais rentável.

Segundo Brandalizze, as estimativas preliminares apontam queda de até 20% na área de feijão na primeira safra. No Rio Grande do Sul, o plantio deve cair 6%, segundo levantamento divulgado nesta semana pela Emater, ligada ao governo estadual.

A situação agrava ainda mais o quadro de baixa oferta registrado desde o início deste ano, devido à seca que dizimou a produção no Nordeste e reduziu a do Sul na primeira safra.

O resultado é a alta de 46% no preço do feijão ao consumidor em 2012, segundo o IPCA-15 com dados acumulados até este mês.

Também há aumento das importações. Segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), as compras de feijão-preto do exterior aumentaram 64% entre janeiro e julho deste ano, para 125 mil toneladas. Em valor, o crescimento é de 85%.



Veículo: Folha de S.Paulo


Veja também

Marfrig investirá nas marcas herdadas da Brasil Foods

As marcas herdadas da Brasil Foods na troca de ativos exigida pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Ca...

Veja mais
PIB dos EUA cresce 1,7% no 2º trimestre

Resultado divulgado ontem ficou um pouco acima do previsto, mas ritmo ainda sugere crescimento lento até as elei&...

Veja mais
Eletrônicos em queda na Europa

Os europeus estão gastando menos em eletrônicos, segundo um estudo da GfK, que pesquisou a venda destes pro...

Veja mais
Febre na internet, Gina parte para licenciamento

Sucesso da marca no Facebook abre novas possibilidades de negócio para fabricante de palitos A imagem que ilus...

Veja mais
Mapa propõe medidas de apoio ao cultivo da laranja

Nas próximas semanas, o ministro Mendes Ribeiro Filho deve promover reuniões com o setor da citricultura p...

Veja mais
Ibraflor prevê crescimento de 15% do setor para este ano

O mercado brasileiro de flores, na contramão de setores que foram pressionados pela crise internacional, tem se e...

Veja mais
Setor de eletrodomésticos comemora redução do IPI

O mercado mineiro de eletrodomésticos comemora a decisão do governo federal, anunciada ontem, de prorrogar...

Veja mais
Operações da Panasonic têm início em 12 de setembro

A Panasonic do Brasil deve iniciar, no próximo dia 12, a produção de refrigeradores e máquin...

Veja mais
Terceirização de frota crescerá 60%

A procura das médias e grandes empresas brasileiras por veículos que façam o transporte de seus pro...

Veja mais