Setor de eletrodomésticos comemora redução do IPI

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O mercado mineiro de eletrodomésticos comemora a decisão do governo federal, anunciada ontem, de prorrogar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a linha branca. A expectativa é de que se mantenha um incremento nas vendas, entre 10% e 15%, verificada desde dezembro do ano passado, quando foi editado, pela segunda vez, esse instrumento de estímulo ao consumo. Com a antecipação do 13º salário para algumas categorias, espera-se incremento já em setembro. E para o Natal, a previsão é de aumento nos negócios de até 80%.

" uma notícia excelente", opina o diretor de compras da Eletrosom, Vicente Andrade, para quem as vendas devem se manter entre 10% e 15%, acima do que foi registrado no ano passado, quando não havia a redução do imposto. Em sua avaliação, nesse primeiro semestre do ano não foi verificado nenhum "boom de vendas" se comparado com a primeira redução do IPI, em 2009.

Para ele, o mercado consumidor não está tão saturado da linha branca, como se imagina. "Ainda temos muito espaço para crescer, e isso vai depender da capacidade de cada empresa otimizar essa vantagem", resume Andrade. Da mesma opinião é o presidente da Suggar, Lúcio Costa. Segundo o empresário, cerca de 60% dos domicílios do país não têm lavadoras de roupas.

A boa nova, segundo Costa, é que essa prorrogação vai garantir a manutenção do funcionamento pleno de sua produção, de 5.400 produtos/dia, entre fogões e lavadoras. E, com isso, a empresa, atualmente com 967 funcionários, não precisará dispensar 70 pessoas. No entanto, ele entende que a redução do IPI e sua prorrogação, "são apenas o primeiro passo de uma longa estrada". Para ele, a carga tributária continua alta e insumos como chapas, plásticos e outros componentes não foram desonerados.

Para o subdiretor comercial da Eletrozema, Juliano Antônio Oliveira, se não houvesse a prorrogação, o mercado iria sentir uma queda de até 10% nas vendas. Em sua avaliação, esta será uma ótima oportunidade para aqueles consumidores, até então endividados, que terão recursos do 13% para quitar dívidas e abrir novos financiamentos.

Ele observa que os aposentados já começaram a receber seu adiantamento, o que significa que no próximo mês de setembro o consumidor já terá maior capacidade de compra. A expectativa é que as vendas se mantenham aquecidas entre 10% e 13% nos próximos três meses, em relação ao mesmo período do ano passado, com picos de vendas no Natal, quando se verifica aumento nas vendas de até 80% em relação a um mês comum.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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