A indústria brasileira de brinquedos se preparou para lançar cerca de um mil produtos para o Dia das Crianças, a ser comemorado em 12 de outubro. "Reservamos outros 800 lançamentos para o Natal", comenta o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Synésio Batista da Costa. Ele afirma que o consumidor será beneficiado por uma queda de preços em torno de 3%, em relação aos valores praticados no mesmo período do ano passado.
"Foi uma decisão setorial para combater os produtos chineses", declara. O segundo semestre, comenta Costa, representa 70% do faturamento anual da indústria de brinquedos, distribuídos entre Dia das Crianças (35%), Natal (30%) e o mês de novembro (5%).
De acordo com a Abrinq, entre janeiro e junho de 2012, o setor cresceu "pífios" 3,5%, na comparação com igual período do ano passado. Historicamente, compara Costa, o período acumula crescimento em torno de 6%. Ele atribui a "estagnação" do acumulado nos primeiros seis meses deste ano à "mega invasão de brinquedos importados".
Importados – A Abrinq projeta faturamento anual 11% maior em 2012 (ante 2011), na casa dos R$ 3,850 bilhões. Mas almeja elevar o indicador em pelo menos quatro pontos percentuais, "para tomar 10% de share dos importados da China", explica o presidente da associação de brinquedos.
Batista da Costa afirma que o lançamento de 1,8 mil brinquedos em 2012 no Brasil é justamente para alimentar essa guerra com os importados chineses no ponto de venda.
As bonecas e bonecos, responsáveis por 40% dos negócios do setor no Brasil, estão entre as novidades, "cada vez mais bonitas e mais elaboradas, com coleções de roupas". "São 250 milhões de vestidinhos de boneca", detalha
Veículo: Diário do Comércio - SP