Vendas de vestuário devem crescer 7%

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As lojas de departamento especializado garantiram crescimento nos últimos anos apostando em estratégias como a oferta de marcas próprias.


O varejo nacional de vestuário deve movimentar cerca de R$ 160,5 bilhões neste ano, o que representa um crescimento 7% em relação ao ano passado, de acordo com estudo do Iemi Inteligência de Mercado em parceria com a Associação Brasileira do Varejo (Abvtex). Considerando o volume de peças vendidas, o estudo estima um acréscimo de 3,4% na comparação com 2011.
 
O diretor do Iemi, Marcelo Prado, afirmou que a maior parte dessa expansão deve ser notada neste segundo semestre, já que os primeiros seis meses de 2012 foram fracos, especialmente em função das altas temperaturas, que tiveram impacto negativo sobre as vendas da coleção de outono/inverno.
 
De acordo com ele, no primeiro semestre o varejo de vestuário brasileiro cresceu apenas 1% em relação a igual período do ano passado, principalmente por causa da elevada base de comparação e do cenário desafiador no começo de 2012. "A influência deste semestre deve ser melhor porque no ano passado neste período o setor, assim como a economia em geral, sofreu uma desaceleração considerável", disse.
 
O estudo mostrou que as taxas de expansão previstas para este ano são inferiores à média dos últimos cinco anos. Entre 2007 e 2011, o consumo de artigos de vestuário no País aumentou 24,1%, sendo que aproximadamente 90% do movimento veio da produção nacional. "Apesar do cenário atual, o varejo de vestuário brasileiro mostra forte potencial de crescimento. O País tende a triplicar esse mercado em mais uma geração", observou o executivo.
 
Canais – Os hipermercados vêm ganhando participação nas vendas de roupas no mercado nacional, segundo o Estudo dos Canais de Varejo do Iemi. No ano passado, a participação dos hipermercados nas vendas totais era de 7,7% ante fatia de 7,1% em 2007. Em volume de vendas houve um aumento de 35,5% no período. "Os hipermercados ainda dependem muito das vendas de oportunidade, mas já oferecem concorrência para o varejo tradicional no caso de artigos de moda íntima", destacou Prado.
 
As lojas de departamento não especializadas em têxteis também tiveram crescimento relevante no volume de vendas, algo em torno de 54,5% no período. A participação de grandes redes de linha branca e marrom, principalmente, no montante de roupas vendidas no ano passado foi de 8,7% contra 7% em 2007.
 
O varejo de pequenas lojas ficou com participação de 15,7% no ano passado, ante 14,7% em 2007, enquanto as redes de departamento especializado cresceram de 27,5% para 30,1% entre 2007 e 2011. Os crescimentos em volume de vendas foi de 32,6% e 36% no período, respectivamente. "As lojas de departamento especializado garantiram crescimento nos últimos cinco anos apostando em marcas próprias e licenciamento de produtos, novos formatos de lojas, expansão regional, principalmente no Norte e Nordeste, sortimento de produtos, serviços de crédito e fidelização", afirmou o diretor do Iemi.
 
Já as lojas independentes tiveram uma redução de 43,8% para 37,8% em market share, com alta de 7,3% no volume vendido entre 2007 e 2010. De acordo com Prado, um dos motivos para o crescimento dos canais de vendas, exceção para as lojas independentes, se deve à localização, já que 35% das lojas de vestuário estão em 434 shopping centers do País. "Os shoppings têm carregado monomarcas e franquias, que têm giro alto. Mas as multimarcas de pequeno porte não se tornam rentáveis em shoppings", concluiu.



Veículo: Diário do Comércio -SP


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