A Panasonic do Brasil deve iniciar, no próximo dia 12, a produção de refrigeradores e máquinas de lavar roupas em sua nova planta, erguida em Extrema, no Sul de Minas Gerais. A unidade demandou investimentos da ordem de R$ 43,7 milhões, gastos na construção das instalações e na aquisição de máquinas e equipamentos destinados à fabricação de itens da linha branca.
Os primeiros produtos a serem fabricados na unidade serão os refrigeradores, seguidos, no próximo ano, pelas lavadoras de roupa. O empreendimento já "nasce" com flexibilidade para uma futura expansão. Conforme anunciado pela empresa, o aumento da capacidade produtiva acompanhará a demanda do mercado, que se encontra em plena expansão, em virtude da ascensão da classe C nos últimos anos. Assim, a companhia estima que os aportes envolvendo uma nova fábrica ultrapassem R$ 200 milhões.
Inicialmente, a previsão é de que 258 empregos diretos sejam criados. Entretanto, com a expansão da linha de produção, a projeção é de que sejam geradas no município mil vagas de trabalho, entre diretas e indiretas. O empreendimento foi erguido em um terreno de aproximadamente 170 mil metros quadrados.
A confirmação do município mineiro para abrigar a terceira unidade industrial da subsidiária do grupo japonês Panasonic Corporation no país ocorreu em fevereiro do ano passado, após mais de um ano de negociações e especulações. A disputa para atrair a multinacional começou em 2010 e, além de Minas Gerais, envolveu o Rio de Janeiro e São Paulo. Porém, a escolha do Estado foi antecipada pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, antes do anúncio oficial.
Localização -A localização estratégica de Extrema, a apenas 100 quilômetros da capital paulista, foi o diferencial para a escolha. Isso porque com a nova fábrica, a multinacional pretende centralizar a produção destinada aos mercados do Sul e Sudeste do país. As outras plantas nacionais da empresa estão situadas em Manaus (AM) e em São José dos Campos, no interior de São Paulo.
Além de estar incluída no principal eixo econômico do Brasil, a proximidade de Extrema com o Vale da Eletrônica (Sul de Minas) também foi levada em consideração para a escolha do município. Durante as negociações entre a Panasonic e o Estado, as cidades de Pouso Alegre e Itajubá, também no Sul de Minas, participaram da disputa para abrigar a fábrica da empresa japonesa.
Líder mundial nas áreas de desenvolvimento e fabricação de produtos eletrônicos, a Panasonic tem 45 anos de história no Brasil. Em 2008, os conselhos de administração da Panasonic e da Sanyo aprovaram a fusão de capital e de negócio no Japão. A união entre os players formou a maior companhia do segmento no país, com faturamento anual estimado em US$ 8,8 bilhões. Nos termos do acordo, a Sanyo passou a ser subsidiária da Panasonic.
Veículo: Diário do Comércio - MG