O comércio deve responder pela maior parte dos empregos temporários (75%)
O previsão de vendas do Natal e das festas de final de ano vai gerar 155 mil vagas de trabalho temporário no Brasil, um aumento de 5,5% em relação a 2011. Só em Minas Gerais serão criados cerca de 17 mil empregos, segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem). A estimativa é de que 15% desta mão de obra sejam efetivados e mantenham o emprego mesmo depois do término do período de festas, percentual que representará alta de 4,5% sobre 2011.
"Apesar da economia externa não estar muito favorável, o país tem tomado medidas que favorecem as contratações, como a queda dos juros bancários, IPI reduzido estimulando as compras e, logo mais, a entrada do 13º salário. Além disso, o Natal mexe com o emocional das pessoas, a troca de presentes e a confraternização são fatores que ajudam a movimentar a economia", explica a presidente da Asserttem, Jismália de Oliveira Alves.
O comércio será responsável pela maior parte dos empregos temporários, 75% do total, ficando os 25% restantes para a indústria. As funções mais procuradas serão as de analista de crédito, embalador, estoquista, fiscal de caixa, balconista e vendedor.
E que ninguém se iluda, trabalhar no comércio durante o período de Natal exige preparo e agilidade. bom também ter jogo de cintura para enfrentar a rotina extremamente agitada das lojas. "Vemos que os shoppings precisam realmente de gente nova para dar conta desse trabalho", adianta Jismália Alves, ressaltando que a previsão é de que 20% das vagas sejam preenchidas por jovens em situação de primeiro emprego. Cerca de 60% das contratações do comércio serão de trabalhadores na faixa etária entre 18 e 39 anos, sendo 53% de homens e 47% de mulheres. Eles devem ter 1º ou 2º graus completos. Facilidade de comunicação, habilidade para o trabalho em equipe e bom atendimento serão os requisitos mais desejados dos candidatos.
por isso também que as contratações temporárias no comércio começam a partir de setembro, pois os estabelecimentos precisam buscar as pessoas no mercado e prepará-las para os meses em que o volume de vendas fica muito acima do normal. A Asserttem prevê ainda que os shoppings aumentem em 9% o número de empregados temporários, os supermercados 2%, as lojas de departamento 5% e o varejo de rua 6% em relação a 2011. Os salários no comércio vão ficar entre R$ 690,00 a R$ 1.055,00, com uma média de R$ 872,00, contra R$ 843,00 no ano passado.
Na indústria, lembra a presidente da Asserttem, as contratações começaram no início do semestre, porque é preciso fabricar para entregar, principalmente os setores que lidam com produtos típicos, como panetones, enfeites e outros. "Mas sempre há vagas disponíveis e remanescentes", ressalva Jismália. As contratações temporárias virão principalmente das indústrias de bens de consumo, como a de alimentos, bebidas, brinquedos, eletrônicos, vestuário e papel.
As funções mais requisitadas são as de auxiliar administrativo, auxiliar de departamento financeiro, de laboratório, de serviços gerais, motorista, nutricionista, operador de empilhadeira, operador de máquinas, técnico em manutenção industrial e em segurança do trabalho. Neste setor, 68% das vagas irão para os homens e 32% para mulheres. A remuneração média vai ser de R$ 1.155,00, variação de 5% sobre 2011, oscilando na faixa entre R$ 920,00 a R$ 1.390,00, além de benefícios como vale-transporte e vale-refeição. Com pouca diferença do comércio, 65% dos contratados estarão na faixa etária entre 18 e 39 anos.
Veículo: Diário do Comércio - MG