Fabricantes de brindes esperam alta de até 20%

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A produção nas fábricas de brindes de Belo Horizonte está a todo vapor. Com a proximidade do final do ano, a demanda dessas empresas cresce até 100% em comparação com o primeiro semestre e algumas delas aumentam a equipe em até 30% para conseguir atender aos clientes. Entre os itens mais procurados, estão canetas, chaveiros, canecas e squeezes. Para o acumulado de 2012, segundo empresários ouvidos pela reportagem, é esperado incremento de até 20% no volume de vendas com relação ao exercício passado.

Na Condor Propaganda, instalada no bairro Santo André, na região Noroeste de Belo Horizonte, o volume de vendas costuma crescer entre 50% e 100% no segundo semestre em comparação com os seis primeiros meses do ano.

O sócio-diretor da empresa, Pedro Paulo Darmancef Soares, explica que o aumento na demanda ocorre devido à proximidade com o período de festas de final de ano, quando as empresas costumam enviar brindes para clientes, fornecedores e parceiros.

Ele acredita que a Condor Propaganda irá fechar o ano com crescimento nas vendas entre 5% e 10% sobre o exercício passado. De acordo com Darmancef Soares, o bom momento da economia brasileira continua, mesmo com a desaceleração neste ano.

Isso tem incentivado a abertura de novas empresas, o que aquece o mercado de brindes. "Esse é um setor que sempre cresce, independente de crises, pois as empresas sempre vão presentear seus clientes com brindes", observa.

Outro fator que também deve impulsionar os negócios da Condor Propaganda, ainda segundo o sócio-diretor, é o aumento do portfólio de produtos e a reformulação de alguns itens.

A empresa conta com mais de 100 produtos no mix que vão desde canetas, canecas e chaveiros até pen drives, relógios e abridores de garrafas. "Nesta época do ano, os itens que mais saem são canetas, chaveiros, canecas e produtos de escritório", diz.

Na Companhia dos Brindes Confecções Ltda, no bairro Palmeiras, região Oeste da Capital, as vendas já começaram a ter um aquecimento, mas ainda não alavancaram. De acordo com o sócio-diretor da empresa, Edson de Carvalho, todos os anos a demanda começa a crescer em agosto, mas somente no final de setembro e no início de outubro é que elas disparam. "O segundo semestre sempre é melhor que o primeiro. O volume de vendas cresce até 25% nessa base de comparação", avalia.


Temporários - Para atender ao crescimento na demanda, a empresa costuma aumentar seu quadro de funcionários em até 30% no segundo semestre. Os temporários começam a trabalhar em setembro e seguem até janeiro, quando a produção é focada em materiais escolares.

A Companhia dos Brindes aumentou a capacidade produtiva no início deste ano e, como resultado disso, espera crescimento em torno de 15% no volume de vendas no acumulado de 2012 sobre o exercício passado.

O portfólio da empresa conta com cerca de 200 itens. Segundo Carvalho, no segundo semestre do ano, os produtos mais demandados são squeezes, canecas, bolsas, blocos e agendas.


Procura aumentou 10% a partir de julho


Algumas empresas especializadas já sentem o crescimento da demanda por brindes desde o mês de julho. Esse é o caso da Multiplástico e Brindes Indústria e Comércio Ltda, no bairro Grajaú, também na região Oeste de Belo Horizonte. Segundo o diretor financeiro da empresa, Cristiano Pinheiro, nos meses de julho e agosto já houve um incremento de 10% sobre o mesmo período do ano passado. Para o segundo semestre, a expectativa é de um aumento de 30% nas vendas com relação aos primeiros seis meses do ano.

Para o acumulado do ano, a empresa espera um crescimento entre 15% e 20% no volume de vendas sobre 2011. "Em setembro, as vendas já aqueceram ainda mais, por isso, a expectativa é de aumentar o índice de crescimento", explica.

A demanda maior, de acordo com ele, é por produtos como canetas, chaveiros e squeezes na área de brindes. A empresa também atua no setor promocional, no qual a procura maior é por mochilas e pastas em geral.

Pinheiro acrescenta que, para dar conta de atender à demanda do segundo semestre, a empresa costuma aumentar o quadro fixo, que é de 40 pessoas, em 15% entre os meses de setembro e dezembro.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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