Forno de Minas investe forte no mercado internacional

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Resgate da receita clássica afasta crise.


De olho no mercado internacional, a empresa mineira fabricante de pão de queijo Forno de Minas fez um aporte de R$ 300 mil, neste ano, com o objetivo de divulgar o produto e torná-lo mundialmente consumido. A marca, que já passou por uma crise em 2009 - quando ficou sob a direção de um grupo de estrangeiros por dez anos -, foi readquirida pelos antigos sócios, que resgataram a clássica receita do produto e têm registrado um crescimento de 60% nos negócios, anualmente.

De acordo com o presidente da empresa, Helder Mendonça, apesar do apuro vivenciado pela economia europeia e norte-americana, a Forno de Minas tem obtido boa resposta das ações realizadas nesses continentes. "Acredito que o interesse dos estrangeiros pelo produto se deve ao fato de o pão de queijo ser um alimento totalmente inovador na cultura deles, sem glúten, e praticamente 100% natural.  algo saboroso e conveniente."

O executivo chama a atenção para o perfil dos panificados produzidos fora do país. "Os estrangeiros só conhecem massas à base de farinha de trigo, e o pão de queijo não leva farinha, mas polvilho, um ingrediente brasileiro - eu diria, mineiro, porque não o encontramos em qualquer estado. Isso confere mais exclusividade ainda ao salgado".

Fora as características peculiares de produção, o famoso pão de queijo mineiro carrega em si a praticidade e versatilidade para o consumo na hora do lanche, um detalhe que faz diferença na Europa e nos Estados Unidos, onde os cidadãos estão acostumados a se alimentar nos fast foods. "O pão de queijo é rapidamente preparado e combina com tudo: café, suco, refrigerante, como entrada de uma refeição ou petisco. E ainda carrega um alto valor nutritivo, pela quantidade de proteína inerente ao produto", ressalta Mendonça.

O presidente comenta que, apesar de a Forno de Minas exportar há bastante tempo, esse tipo de negociação ainda tem participação pequena dentro da empresa. "Neste ano, devemos faturar R$ 160 milhões, mas somente 5% são fruto das negociações internacionais, meta que pretendemos dobrar nos próximos dois anos."

Para isso, Mendonça montou uma equipe de exportação dentro da empresa que, além de executar as ações de divulgação e degustação do produto, participa das feiras mais importantes do segmento no exterior. "Desde que reassumimos o controle da companhia, em 2009, intensificamos as ações de marketing internacional, que até então não tinha sido prioridade dos diretores. No ano passado, marcamos presença em um encontro na Alemanha e, agora em outubro, estaremos em Paris, em um outro evento do setor, levando o famoso pão de queijo mineiro."


Veículo: Diário do Comércio - MG


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