IP entra no mercado nacional de embalagem

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A International Paper, maior fabricante mundial de papéis de imprimir e escrever, e a Jari Celulose Papel e Embalagens, do grupo Orsa, anunciaram acordo que prevê a criação de uma joint venture voltada ao negócio de embalagens no Brasil. Em comunicado, a IP informou que os investimentos na nova empresa, na qual deterá 75% de participação, somam US$ 470 milhões. A parceria marcará a entrada da IP no mercado brasileiro de embalagens, hoje dominado por poucas e grandes empresas de capital nacional e estrangeiro, com destaque para Klabin e MeadWestvaco, por meio da Rigesa.

A intenção da IP de participar desse segmento, que representa importante fatia dos negócios da companhia nos EUA, já havia sido anunciada, porém a empresa buscava parceiro estratégico ou ativos para eventual aquisição. Desde 2010, quando chegou ao país, o presidente da IP Brasil, Jean-Michel Ribieras, vinha reiterando os planos para essa área e dizia que a construção de uma fábrica própria não se mostrava como alternativa mais interessante. Um dos pontos que dificultou a decisão de iniciar um investimento do zero foi a ausência de produção própria local de celulose de fibra longa, matéria-prima essencial para a produção de embalagens de papelão.

Na América Latina, a IP participa desse mercado no Chile. No Brasil, a companhia americana opera três fábricas, duas delas de celulose e papel (integradas), em Mogi Guaçu e Luiz Antônio, no interior de São Paulo, e outra somente de papel, em Três Lagoas (MS).

Sob os termos do acordo, as três fábricas de papelão para embalagens e as quatro unidades de embalagens de papelão ondulado da Jari, que pertence ao empresário Sergio Amoroso, serão separadas das florestas e dos negócios de celulose e transferidos para a nova empresa. "Essa parceria vai ao encontro da estratégia da International Paper de expandir globalmente os negócios de embalagens em regiões estratégicas do mundo", diz no comunicado o principal executivo da IP, John Faraci. A expectativa é a de que o negócio seja concluído no primeiro trimestre de 2013.

Do lado da Jari, planos de expansão ou de eventual parceria com outras companhias da área também estavam na pauta. Em entrevista ao Valor em maio do ano passado, Sergio Amoroso contou que a Jari estava "arrumando a casa" para receber um sócio estratégico ou ainda captar recursos no mercado por meio de uma oferta de ações.



Veículo: Valor Econômico


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