Grupo Guerra vai produzir pão francês no Paraná

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Receitas francesas de pães, bolos e biscoitos vão começar a ser feitas em Guarapuava, no Paraná. A parceria entre a cooperativa francesa Limagrain e a empresa familiar Guerra, que começou em 2011 na área de sementes e avançou em 2012 para resinas de milho, resultou em mais um negócio. Do município do interior do Estado começarão a sair nas próximas semanas bolachas com a marca Jacquet. Em dezembro, bolos importados da França com o mesmo nome passarão a ser vendidos no Brasil e, no segundo semestre de 2013, a produção de bolos e pães industriais passará a ser feita no país.

O paranaense Ricardo Guerra, diretor executivo do grupo desde 2003, está animado com a sociedade e tem planos de longo prazo. "Queremos atingir a liderança de mercado em, no máximo, duas décadas". Formado em administração de empresas, é membro de uma família que atua há cinco gerações no agronegócio e que deve faturar R$ 130 milhões neste ano. "Nunca imaginei fazer negócio com franceses", diz, sobre a parceria que começou a ser desenhada em 2009, por iniciativa da Limagrain. Esta tem mais de 3 mil cooperados. Será a primeira fábrica da Jacquet fora da Europa, onde tem 8 unidades, sendo sete na França e uma na Bélgica, e há estudos sendo feitos nos Estados Unidos.

Na terça, Guerra participou em Curitiba de reuniões com Arnaud Schwizguebel, que era diretor internacional da Jacquet na França e veio em março para o Paraná para ser o presidente da Jacquet Guerra. O executivo francês vai começar a estudar português em novembro, mas já conhece os hábitos locais. "O francês gosta de produtos tradicionais e o brasileiro quer novidades", cita, como exemplo.

Com os produtos que quer vender no país, a Jacquet Guerra do Brasil vai enfrentar nomes como Bimbo, Wickbold, Bauducco e Casa Suíça. A nova fábrica vai ser inaugurada no dia 8 de novembro e os produtos importados serão vendidos em dezembro; primeiro na rede Pão de Açúcar e depois irão para outros varejistas. A intenção, no futuro, é desenvolver produtos específicos para o Brasil. Um dos diferenciais citados por Ricardo é o prazo de validade dos itens - para pães, superior a 20 dias. Ele não descarta fazer testes com produtos como baguete pré-assada e resfriada, com validade de três meses.

O Grupo Guerra, em aliança tecnológica com a Limagrain, atuará na produção de semente, cultivo do trigo, recebimento dos grãos, moagem e fornecimento da farinha para a fábrica. Mas serão importados misturas especiais e ingredientes para aromas e sabores. No começo, a Jacquet vai ser vendida no Sul, Sudeste e parte do Centro Oeste. Além da fábrica de Guarapuava, há planos de montar estrutura no Nordeste do país.

Os sócios (51% do negócio é da Limagrain e 49% da Guerra) não revelam qual será o investimento na fábrica paranaense e em marketing de entrada no país, mas informam que esperam faturamento de R$ 50 milhões em 2014. A empresa receberá incentivos fiscais do governo do Paraná, como adiamento no prazo de pagamento de ICMS, e vai gerar inicialmente 100 empregos. Na Europa, com as marcas Jacquet e Brossard, a Limagrain fatura US$ 275 milhões. No mundo, onde está em 40 países, é de € 2 bilhões.



Veículo: Valor Econômico


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