Grande varejo de vestuário tropeça no gosto do cliente

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Pesquisa mostra que consumidores veem mais vantagem em comprar em lojas de departamento


O que leva um cliente a escolher determinada loja de roupa em detrimento de outra? Quem imaginou que é apenas a moda se enganou. Pesquisa exclusiva da CVA Solutions para o Brasil Econômico sobre varejo de vestuário mostra que questões simples como a fila do caixa e a disponibilidade de tamanho de roupas podem comprometer a imagem da varejista.

Realizada em outubro com 5.336 consumidores de todo o Brasil, o estudo aponta quais são os principais motivos de atração e rejeição das redes de vestuários.O objetivo foi entender quais redes se destacam em custo-benefício percebido pelo consumidor. De acordo com o estudo, os grandes magazines se destacam em Força da Marca. Trata-se de um índice calculado a partir do percentual de atração da marca menos a rejeição perante a todos os consumidores que responderam a pesquisa. Porém, quando o assunto é custo-benefícios, as grandes varejistas deixam a desejar.

O melhor Valor Percebido (custo-benefício percebido) é das Lojas Americanas, que obteve índice de 1,05. Em segundo aparece Torra Torra com 1,05, seguida de Extra Hipermercados (1,03), Leader (1,02), Hering (1,01) e Riachuelo (1,00). Este índice determina se os produtos e serviços oferecidos pela empresa estão abaixo (até 0,98), na média (de 0,98 a 1,02) ou acima das demais empresas do mercado (1,03 a 1,10).

“No caso das Lojas americanas, por exemplo, o cliente sabe que não vai encontrar tudo o que quer de vestuário, mas o que encontra está em linha com sua expectativa”, afirma. No caso da rede de varejo paulista Torra Torra, a questão preço é determinante. Já no caso do Extra Hipermercados, questões como custo dos produtos, variedade e conveniência foram determinantes. “A Hering merece destaque pois, apesar da tradição como fabricante, é nova como lojista, e já apresenta bons resultados em quesitos como imagem, qualidade dos produtos, pouca fila, moda e atendimento”.

No caso da carioca Leader, segundo Sergio Griffel, diretor comercial da empresa, o diferencial está no investimento em variedade, alinhado à demanda. “Nosso objetivo é que a mulher moderna faça da Leader o seu espaço e encontre tudo o que precisa em um único lugar.”

Mas e quanto às marcas mais famosas de varejo de vestuário. A pesquisa mostra que os grandes magazines ainda têm maior Força da Marca. O primeiro lugar é da Riachuelo com 13,6%. A Renner aparece em segundo lugar (2,9%), seguida pela C&A (7,5%), Hering (7%), Zara (4,9%) e Marisa (4,4%). “O problema é que estas empresas pecam em coisas básicas como atendimento e fila.” Tanto Riachuelo, Renner e C&A tiveram altos índices de rejeição por conta da fila no caixa. Já no caso da Zara, o estudo revela que o consumidor está atento às informações na mídia. “A Zara foi vinculada recentemente ao uso de trabalho escravo e isso acabou por influenciar no nível de rejeição da marca”, diz Cimatti.

A C&A informou por meio de sua área de comunicação que “a pesquisa aponta fatores essenciais que serão levados em conta, para garantir o objetivo de superar os níveis de satisfação dos nossos clientes. Até o fechamento desta edição, Renner, Riachuelo, Marisa e Zara não se pronunciaram.


Veículo: Brasil Econômico


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