BRF investe no segmento de proteína do leite

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Empresa investirá, junto com a irlandesa Carbery, US$ 50 milhões em nova fábrica


A BRF Brasil Foods vai estrear em um dos segmentos mais promissores ligados à produção leiteira: o processamento de proteínas de soro de leite. O produto decorrente deste processamento é utilizado na alimentação infantil, juvenil e esportiva, entre outros. A BRF divulgou que investirá, junto com a irlandesa Carbery, US$ 50 milhões (R$ 101,6 milhões) para a construção de uma fábrica em local ainda não divulgado.

Segundo o comunicado divulgado para o mercado, a BRF e a Carbery vão formar uma joint venture (associação de duas empresas para o desenvolvimento de um projeto) que contará com investimento compartilhado. A fábrica que será erguida como resultado desta parceria vai utilizar a tecnologia da Carbery para processar o soro gerado nas operações de queijos.

"A parceria está alinhada com o plano estratégico da BRF, que visa ser líder no mercado brasileiro de queijos", informou a empresa através da nota, assinada pelo diretor vice-presidente de finanças da companhia, Leopoldo Viriato Saboya.

A previsão é que a construção da nova unidade comece "em breve" e que seja concluída para começar a operar no início de 2014. De acordo com o comunicado, divulgado na noite de segunda-feira, a Carbery emprega pouco mais de 500 pessoas, sendo 200 delas na Irlanda. Ela fornece nutrientes à base de leite para indústrias de alimentos e bebidas de vários países.

Na avaliação do presidente da Cidasc, Enori Barbieri, que esteve no mês passado visitando empresas que trabalham com o processamento de proteínas de soro de leite na Nova Zelândia, a BRF investe em um segmento de alto valor agregado que representa o futuro do setor.

— Empresas como a BRF tem interesse em entrar neste setor porque este subproduto é utilizado na ração animal, especialmente para as fêmeas de suínos. Mas além deste uso, específico, as empresas estão pesquisando o uso das proteínas do leite para fortalecer a alimentação de crianças e jovens e para a indústria da prolongação da vida — observa Barbieri.

Para ele, a unidade das empresas catarinense e irlandesa deverá ser erguida fora do Brasil, mais próxima dos principais mercados consumidores destas proteínas, que são os países da Europa, os Estados Unidos e da Ásia. Para SC ter a primeira fábrica direcionada para este segmento, na opinião de Barbieri, falta desenvolver o mercado consumidor no país. Algo que ele projeta que aconteça em até cinco anos.



Veículo: Diario Catarinense


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