A demora da Anvisa para liberar remédios para o mercado em outubro foi a pior em 12 anos, segundo levantamento da Interfarma.
O problema está em todas as classes de medicamentos, segundo a entidade do setor.
Os similares sofrem o maior prazo de espera, com casos que levaram até quatro anos para que o registro fosse autorizado. Alguns remédios inéditos no mercado aguardaram mais de dois anos, segundo a Interfarma.
Apesar do fim da greve que a Anvisa enfrentou neste ano, os prazos permanecem largos devido ao aquecimento do setor, que elevou o número de pedidos de autorizações, segundo Antônio Britto, presidente da Interfarma.
"Não queremos menos fiscalização. Queremos menos burocracia. Na história da Anvisa, em 12 anos, esses são os piores prazos", afirma Britto.
A agência reconhece que há problemas, mas informa que sua metodologia não calcula tempo médio. O órgão rejeita a hipótese de faltar remédio devido ao caso.
"O aumento na demanda de registros está associado ao crescimento econômico. A Anvisa tem a missão de conciliar a segurança sanitária."
O órgão divulga que, no caso dos lançamentos, há uma fila de 14 produtos.
O mais antigo entrou em maio. Na fila de genéricos e similares, um deles entrou em 2008. Itens prioritários recebem tratamento diferente.
Veículo: Folha de S.Paulo