As exportações totais brasileiras de café em novembro ficaram em 2,797 milhões de sacas de 60 quilos, tomando por base o volume e café verde (robusta e arábica) e industrializado (torrado e moído e solúvel) embarcado. Assim, os embarques tiveram diminuição de 8% no comparativo com igual mês do ano passado, quando o volume atingiu 3,042 milhões de sacas. Os dados partem do levantamento mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
A receita alcançada com as exportações em novembro foi de US$ 583,588 milhões, com recuo de 31,1% contra novembro de 2011 (US$ 847 milhões). O preço médio obtido com as vendas em novembro de 2012 foi de US$ 208,59 a saca, 25,1% a menos que no mesmo mês de 2011 (US$ 278,53 a saca).
Segundo o diretor-geral do Cecafé, Guilherme Braga, "a queda do volume e da receita já vem sendo sinalizada nos meses anteriores. Houve um crescimento do volume exportado a partir de outubro, embora ainda esteja inferior ao apurado nos mesmos meses do ano passado. Os problemas ocorridos no fluxo de entrada da safra no mercado, entre eles as chuvas e as baixas de preço que ocasionaram uma redução na oferta, vêm gerando uma expectativa de que 2012 se encerre com 5 milhões de sacas exportadas a menos que 2011".
No acumulado dos 11 primeiros meses do ano civil 2012 (janeiro-novembro), as exportações brasileiras de café totalizaram (entre café verde e industrializado) 25,341 milhões de sacas de 60 quilos, tendo queda de 16,9% no comparativo com janeiro a novembro de 2011, quando os embarques foram de 30,499 milhões de sacas. A receita nos onze primeiros meses do ano foi de US$ 5,753 bilhões, com redução de 27,1% sobre o mesmo período de 2011 (US$ 7,895 bilhões).
Diferenciados - Os cafés diferenciados representaram 16% do total embarcado no período de janeiro a novembro. Esses cafés possuem um incremento em relação ao preço médio de 25% no caso dos arábicas diferenciados e 33% no caso dos conillons diferenciados. De acordo com o relatório, 83,9% do café exportado em 2012 até o mês de novembro foi da variedade arábica, 11,8% de solúvel, 4,2% de robusta e 0,1% de torrado e moído.
O balanço das exportações mostra ainda que, no somatório dos 11 meses de 2012, o principal mercado importador foi a Europa, responsável pela compra de 53% do total embarcado do produto brasileiro. A América do Norte adquiriu 21% do total de sacas exportadas, a Ásia, 19% e a América do Sul, 4%.
Os EUA seguem como líderes na lista de países importadores em 2012, considerando o período de janeiro a novembro, com 4.815.800 sacas importadas (19% do total exportado), seguidos pela Alemanha, com 4.464.293 sacas (18% do total) e a Itália, com 2.233.132 sacas (9%). Em quarto lugar está o Japão, com 2.095.991 sacas (8% do total) e na quinta posição a Bélgica, com 1.616.366 sacas importadas (6% do total).
Nos 11 meses de 2012, 76,1% do produto (19.275.767 sacas) foi exportado pelo porto de Santos. O Rio de Janeiro embarcou 13,1% do total (3.319.618 sacas) e o porto de Vitória escoou 7,6% das sacas exportadas (1.913.650 sacas). Eles foram as principais vias de exportação do café no período.
Os embarques do Brasil nos cinco primeiros meses (julho a novembro) da temporada 2012/13 chegam a 12,695 milhões de sacas, recuo de 10,2% na comparação com igual período de 2011/12 (julho/novembro de 2011), quando as exportações foram de 14,137 milhões de sacas. Já a receita total de julho a novembro é de US$ 2,635 bilhões, tendo diminuição de 32,5% contra igual período de 2011/12 (US$ 3,903 bilhões).
Veículo: Diário do Comércio - MG