Lojistas de Belo Horizonte preveem alta nas vendas

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Os comerciantes da Capital estão otimistas com as vendas deste mês e demonstram confiança no desempenho do setor em 2013. Pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) mostra que 71,97% dos empresários têm expectativa de crescimento para seus negócios e apenas 5,3% estão pessimistas. Segundo o presidente da entidade, Bruno Falci, o comércio de Belo Horizonte encerrará dezembro com crescimento de 7% a 9% sobre o mesmo mês de 2011 e as projeções são de que 2013 também seja um bom ano, com aumento de vendas de 6,7%, contra 6,2% do Brasil. Até novembro, o comércio de BH movimentou entre R$ 2,93 bilhões a R$ 2,99 bilhões.

A novidade detectada pela pesquisa foi a preocupação maior da população em colocar um freio nos gastos para se precaver da inadimplência. Para evitar gastos excessivos no final do ano, apenas 36,48% dos entrevistados afirmaram que pretendem pagar suas compras com cartão de crédito, sendo que 26,51% cogitam em parcelar, enquanto 9,97% vão usar dinheiro de plástico, mas vão pagar de uma só vez. Em 2011, 41,29% das pessoas entrevistadas pela CDL falavam em dividir o débito no cartão.

Do outro lado estão os empresários, com a expectativa de que 85,61% das vendas sejam parceladas no cartão de crédito e que somente 1,52% utilize esta forma de pagamento, porém para quitar o débito de uma só vez. Outro dado que confirma este quadro é a intenção de 41,47% dos entrevistados de comprar para pagar com dinheiro, enquanto apenas 1,52% dos comerciantes aposta nesta forma de pagamento. No ano passado, 33,58% das pessoas pretendiam usar dinheiro para este fim, mas era bem maior, de 7,61%, o percentual de lojistas que previam receber suas vendas em dinheiro.

Em relação ao 13º salário, que injetará R$ 2,11 bilhões na economia de Belo Horizonte e R$ 11,9 em Minas Gerais, o consumidor já decidiu o que fará com ele: 25,33% vão pagar dívidas, 14,78% pretendem poupar e 13,72% vão reservá-lo para as despesas de início de ano. Somente 7,65% dizem que vão fazer compras de Natal, enquanto no ano passado este percentual chegava a 15,13%. Um detalhe, 46,72% deixaram as compras para dezembro e 22,83% para a semana do Natal. "Isto mostra que as compras vão ficar para a última hora, como sempre acontece, mas também que o dinheiro do consumidor não está sobrando, embora também não falte", observa Bruno Falci.

Discrepância - Há uma discrepância também em relação ao valor do tíquete médio. Para o empresário, 19,38% das pessoas pretendem investir de R$ 100,00 a R$ 150,00 nos presentes e 18,6%, de R$ 75,00 a R$ 100,00. Ou seja, quase 38%, segundo os lojistas, vão gastar entre R$ 75,00 a R$ 150,00. Mas os consumidores não pensam da mesma forma: 24,27% afirmam que vão gastar de R$ 50,00 a R$ 75,00 e 16,36%, de R$ 30,00 a R$ 50,00, o que significa que pouco mais de 40% das pessoas têm a intenção de gastar de R$ 30,00 a R$ 75,00. "O lojista está mais otimista do que o consumidor", ressalta Falci.

Mas a pesquisa indica também qual o caminho a ser seguido para atrair o consumidor e ter bom desempenho de vendas no Natal. Para 45,09% dos consumidores, o preço elevado é o maior empecilho na hora das compras, seguido pelo atendimento desqualificado (15,12%). " muito difícil trabalhar com o preço quando há tantos encargos e obrigações, mas dá para mexer no atendimento e investir para treinar funcionários, para arrumar a loja, oferecer conforto e outros diferenciais muito importantes para o consumidor", avalia o presidente da CDL-BH.

Há outros dois aspectos do comércio em dezembro que chamam a atenção na pesquisa. Um deles é o salto de 1,02% para 11,14% (de 2011 para 2012) no percentual de pessoas que consideram "lojas cheias" um desafio durante as compras de Natal. O outro é a falta de estacionamentos. Em 2011, isto era motivo de preocupação para 1,02% dos consumidores, mas neste ano 6,63% dos entrevistados da CDL-BH fizeram referência ao problema.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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