Consumo do bolo com sabores alternativos deve crescer 20% neste final de ano, para 3,6 milhões


O gosto da massa doce misturado ao de frutas secas ou chocolate combina muito bem com chimarrão. Prova disso é que o Rio Grande do Sul é responsável pelo maior consumo de panetones por pessoa no país, segundo a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas).

Neste Natal, os gaúchos devem comprar 20% a mais de panetones do que no ano passado. Somente nos supermercados, devem ser vendidos 3,6 milhões de panetones no Estado – uma unidade para cada três gaúchos. Para a Agas, uma das razões para o crescimento foi a antecipação da oferta destes itens nas prateleiras.

Do total de venda, 90% deve ser de produtos industrializados, embora não haja nenhuma fábrica de panetone no Estado.

– É um reflexo da dificuldade de produção. Há menos oferta de produtos artesanais – afirma o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo.

A produção gaúcha é restrita às padarias. Conforme o Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria e de Massas Alimentícias e Biscoitos (Sindipan), apenas cerca 30% das 6 mil padarias têm produção própria.

– O que dificulta é a mão de obra especializada que o panetone exige – explica Arildo Bennech Oliveira, presidente do Sindipan.

O sindicato também projeta aumento de 20% na venda do produto nas padarias neste Natal. Colaboram para isso, segundo Oliveira, a maior variedade de sabores e a melhora na condição financeira dos gaúchos.

Proprietário de uma padaria que faz panetones há 10 anos em Lajeado, no Vale do Taquari, Júnior Schuh diz que, a cada Natal, a produção aumenta junto com o consumo. Em 2011, a padaria vendeu 2 mil panetones. Neste ano, projeta chegar a 2,6 mil unidades, aumento de 30%.

– Fornecemos um produto mais caseiro, sem conservantes e com um gosto diferenciado, por isso conquistamos cada vez mais clientes – afirma Schuh.



Veículo: Zero Hora - RS