A Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias, Pão e Bolo Industrializado (Abima) espera encerrar o ano com faturamento 3% superior ao registrado no ano passado, quando alcançou R$ 6,1 bilhões, e repetir o volume de 1,19 milhão de toneladas obtido no ano anterior.
Neste ano, a alta no preço do trigo levou a um aumento de 30% na farinha, o principal insumo do setor de massas. A indústria já conseguiu repassar ao preço final quase todo o aumento registrado na farinha. E prevê novos reajustes no primeiro semestre de 2013, na entressafra do trigo.
O próximo ano é visto com cautela. A estimativa é de crescimento de 2,5% sobre o faturamento de massas e entre 6% e 7% para pães e bolos. "Queremos ver a evolução do PIB e a como irá se comportar a commodity [trigo]", diz o presidente da Abima, Claudio Zanão.
O mercado brasileiro de massas é o terceiro maior do mundo, atrás dos Estados Unidos e da Itália. O destaque no volume total, no entanto, não corresponde ao consumo per capita. O Brasil é o 17° no ranking mundial, com 6,2 kg anuais por habitante. Os líderes do ranking são a Itália e a Venezuela.
Também fazem parte do setor de massas produtos como pão de forma, com penetração de 70% no mercado brasileiro e perspectiva de expansão. O faturamento do pão de forma cresceu 53% entre 2007 e 2011. Neste ano deve aumentar 7%. Já o bolo industrializado, que cresceu 47% nos últimos cinco anos, deve faturar 11% mais neste ano. Os preços desses dois produtos subiram 15% neste ano, até agora.
Veículo: Valor Econômico