Invasão de leite em pó uruguaio assusta produtor brasileiro

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Importação de produto de país vizinho quase dobra em novembro, e setor brasileiro cobra governo


Assustados com a invasão de leite em pó do Uruguai em novembro, quando entraram mais de 10 mil toneladas no Brasil, produtores e parlamentares decidiram reagir contra o que consideram importação predatória ao setor no país. Documento com 30 mil assinaturas foi entregue para a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, pedindo medidas para conter o excesso.

Ao contrário da Argentina, que teve estabelecida cota de 3,6 mil toneladas por mês, não há acordo com os uruguaios. A média mensal vinda do Uruguai nos últimos 12 meses é de 4,4 mil toneladas. Para o produto entrar no Brasil, é necessária guia de autorização de importação do Ministério do Desenvolvimento e guia sanitária do Ministério da Agricultura, que devem ser solicitadas pelos compradores, indústrias ou atacadistas. Enquanto no Uruguai o custo de produção é de US$ 0,30 (R$ 0,14) por litro, no Brasil varia de R$ 0,75 a R$ 0,80.

Neste ano, a alta dos insumos para ração animal, que atingiu setores de aves e suínos, também foi sentida pelos produtores de leite. Presidente da Comissão do Leite da Federação da Agricultura do Estado, Jorge Rodrigues lembra que o Rio Grande do Sul envia cerca de 70% do leite para fora do Estado, onde os uruguaios competem. Apesar da maior oferta, não há baixa de preços para o consumidor, avisa o secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado (Sindilat), Darlan Palharini. Para o dirigente, o aumento de volume pode ter ocorrido por algum negócio de ocasião para importadores.

Sem um acordo estabelecido de cotas, os uruguaios praticamente dobraram o envio de leite em pó para o Brasil no mês de novembro se comparado com outubro (volume em mil toneladas):

Janeiro: 6,22
Fevereiro: 3,65
Março: 2,64
Abril: 2,80
Maio: 4,74
Junho: 2,06
Julho: 2,32
Agosto: 4,33
Setembro: 5,96
Outubro: 5,56
Novembro: 10,08


Veículo: Zero Hora - RS


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