Indústria do plástico em desaceleração em Minas

Leia em 2min 10s

Exceção nos segmentos de embalagens e de brindes para o Natal.


 
A indústria do plástico em Minas sofre com os aumentos de custos e a queda nas vendas em decorrência da crise financeira que já atingiu o segmento. De acordo com empresários, a maioria das empresas já enfrenta retração e não deve registrar crescimento neste ano. A exceção está na área de embalagens e brindes relacionados ao período natalino, que ainda permanece aquecida.

 

Segundo o sócio-diretor da Abra Comércio e Indústria de Plásticos Ltda, com sede em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a situação do setor no momento é "complicada". Ele disse que não estava preparado para a crise e com o aumento dos custos a empresa está particamente em "banho-maria".

 

"Mesmo com a queda no preço do petróleo, os derivados - no meu caso o polietileno - não caíram. Pelo contrário, a matéria-prima está mais cara. A partir de outubro as vendas diminuíram cerca de 30%. Neste ano não vamos crescer. Devo fechar 2008 com o mesmo resultado de 2007, e olhe lá. Mas o que mais temo é a instabilidade futura", salientou.

 

O empresário disse ainda que por causa da turbulência econômica foi obrigado a cortar 5% dos empregados e 10% foram colocados em férias coletivas. "Agora estamos esperando para ver o que vai acontecer. Espero que melhore."

 

Um dos proprietários da Tompa Indústria e Comércio de Embalagens e Serviços Ltda - sediada em Contagem e especializada na fabração de garrafas pet -, Arpad Américo de Tompa, também lamenta as perdas sofridas desde a explosão da crise. De acordo com ele, houve queda de 25% nas vendas nos últimos três meses.

 

"O aumento do dólar elevou bastante nossos custos. O pior é que, pouco antes da crise, fiz um investimento significativo na empresa. Agora, espero que no próximo ano possamos recuperar as vendas e retomar o crescimento", relatou Tompa, que deve lançar em breve um novo produto no mercado.

 

Já o diretor da Flecha Industrial Ltda, produtora de filme e embalagens de polietileno, Fernando Aureliano, comemorou a chegada do Natal e com ele o aumento dos pedidos. "Essa época do ano é muito boa para nós por causa das embalagens para presentes. Mas, por outro lado, sei que a partir de janeiro isso não vai se manter. Até agora só conheço da crise pelo que tenho ouvido, porque ainda não fomos afetados. Espero que continue assim", comentou.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


Veja também

Carrefour inaugura unidade em Campinas

O Grupo Carrefour, líder do setor supermercadista no País, inaugura hoje, em Campinas (SP), a segunda unid...

Veja mais
P&G planeja ter quase todas as 20 novas fábricas em países emergentes

A Procter & Gamble embarcará no programa de expansão mais ambicioso de sua história no qual bus...

Veja mais
Indústria elétrica e eletrônica reclama da falta de crédito

Empresas percebem retração no volume de pedidos.   A falta de crédito está afetando ...

Veja mais
Chiarini ampliará produção

Volume saltará para 1,560 mi de toneladas/mês, cerca de 18,7 mi de toneladas/ano.   A heranç...

Veja mais
Festas aquecem setor de panificação

Empresas oferecem produtos diferentes como panetones artesanais e assados.   Além de uma comemoraç...

Veja mais
Reajuste nos preços estimula o plantio

A produção de feijão deve ser o destaque da safra mineira de 2009. De acordo com o levantamento div...

Veja mais
Produção mineira de tomate deve aumentar 3,5%

Área cultivada no Estado já totaliza 6,6 mil hectares, com crescimento de 3,4% em relação ao...

Veja mais
Safra de feijão crescerá 13,7% em MG

Aumento do volume ofertado no início do próximo ano deverá reduzir as cotações do pro...

Veja mais
Cotação do açúcar sobe

As cotações internas do açúcar cristal seguiram firmes no mercado paulista na última ...

Veja mais