Fabricante tem 10 pontos no país e busca um no Rio de Janeiro
Entre outubro de 2012 e a semana passada, a Samsung inaugurou nove lojas exclusivas no Brasil, em uma estratégia para aproximar a marca dos consumidores. Em 2013, o objetivo é abrir unidades nas principais capitais do país. Hoje, a empresa tem dez lojas, em Salvador (BA), Recife (PE), Manaus (AM), Belém (PA), Campinas e Ribeirão Preto (SP), além de três na cidade de São Paulo. Em média, cada uma recebe 5 mil visitantes por mês. A empresa está buscando um ponto no Rio de Janeiro.
O caminho escolhido pela gigante sul-coreana no país segue uma diretriz global, explica Demétrius Oliveira, gerente sênior de vendas em massa da Samsung. “Identificamos uma grande oportunidade para melhorar o atendimento e a experimentação de nossos produtos.” A estratégia tem três principais razões, enumera Oliveira. A primeira é o grande portfólio de produtos de mobilidade da Samsung. Com uma loja exclusiva, é possível apresentar a variedade de produtos e modelos. Em cada loja, são expostos, em média, 60 produtos, entre smartphones, tablets, câmeras, notebooks e acessórios. O segundo motivo é mostrar a convergência entre eles.
“O celular se conecta à TV, que se conecta ao notebook que, por sua vez, se conecta à câmera. Na loja, o consumidor pode observar essa convergência”, diz. Por último, as lojas funcionam como um ponto de degustação e de aprendizado. “Precisávamos deumespaço para explicar melhor essas tecnologias para o consumidor”.
A primeira loja foi inaugurada no shopping Higienópolis, zona Oeste de São Paulo, em abril, como projeto-piloto. Até outubro, a empresa observou o desempenho do modelo e a reação dos consumidores. Baseado nos resultados do projeto-piloto, a empresa desenhou ummodelo de franquia.
Oliveira não revela o investimento necessário por franqueado e diz que, embora sejam franquias, a Samsung participa de ações desde treinamento à disposição de produtos nas lojas, instaladas preferencialmente em shoppings, para oferecer conveniência ao cliente. “O objetivo da loja não é vender por vender, mas atender e tirar dúvidas, melhorar a vida do consumidor”, pondera Oliveira.
No Brasil, marcas como Sony, Nokia e, mais recentemente, Amazon (com quiosques), adotaram estratégia de apostar em lojas exclusivas. Em novembro, a Apple confirmou que terá uma loja no Brasil. “É uma forma de eliminar a margem do varejista, que é alta para o fabricante, e ter um canal de comunicação e marketing direto com o cliente”, afirma Bruno Freitas, supervisor de pesquisas da consultoria IDC. “É uma forma de ter seu próprio canal e se diferenciar”, complet.
Veículo: Brasil Econômico