O momento é de preservar o caixa, por isso mesmo o diretor- presidente da São Paulo Alpargatas, Marcio Utsch, diz que cada decisão de investimento está sendo pensada e repensada, mas os gastos com desenvolvimento de novos produtos devem ser prioridade em 2009. Por enquanto, o foco é identificar materiais e alternativas para oferecer ao consumidor itens de desejo por preços mais acessíveis e assim garantir vendas em tempos de crise. Para Utsch, esse é um diferencial a favor da Alpargatas, que nos últimos cinco anos transformou a sandália de borracha Havaianas em grife não só no mercado local como no exterior. "Trata-se de um produto barato e de alto valor percebido ", afirma Utsch. A queda nos preços das commodities também deverá favorecer os negócios da companhia.
A arma deve servir não só para garantir crescimento no Brasil como também no mercado externo. Mais agressiva no processo de internacionalização, a companhia assumiu a distribuição dos produtos Alpargatas nos Estados Unidos e na Europa com a instalação de escritórios próprios. Além de ter melhor remuneração pela venda, a empresa está mais próxima do cliente. As projeções são de que a cesta de moedas estrangeira responda por aproximadamente 30% da receita da companhia em cinco anos. Atualmente são cerca de 10%.
"Acho que lá fora estamos entrando na hora certa. Estamos entrando em um mercado em dificuldades, com um produto barato e de alto valor percebido. Em um momento em que todo mundo está restringindo compra, oferecemos uma solução."
Veículo: Gazeta Mercantil