O preço da cesta básica em janeiro aumentou nas 18 capitais do país pesquisadas pelo Dieese. O reajuste de 3,06% em BH foi o segundo menor entre as cidades avaliadas, atrás apenas de Fortaleza (2,19%). Porém, a cesta na capital mineira foi a oitava mais cara, comercializada a R$ 299,79 – R$ 8,91 a mais do que em dezembro e 11,83% acima do valor registrado em janeiro de 2012. Foi o segundo mês consecutivo de alta em BH.
O tomate surgiu novamente como o protagonista da alta, com uma variação de 25,91%, seguido pela banana (11,57%) e o feijão (4,45%). Já as quedas nos preços da batata (-5,98%), do açúcar (-4,91%) e do leite (-1,77%) ajudaram a segurar um pouco a alta na capital. De acordo com o levantamento do Dieese, em janeiro, 48,06% do rendimento líquido do trabalhador de BH e mais de 97 horas de trabalho foram comprometidos com a compra da cesta básica.
DESONERAÇÃO Na terça-feira, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o governo estuda proposta de desoneração integral dos tributos federais da cesta básica, além de revisão dos itens que a compõem, o que foi reforçado ontem pelo ministro Guido Mantega (Fazenda). Caso isso ocorra, pode representar redução média de 11% no valor da cesta, de acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). “O problema maior está no ICMS e, para resolver isso, o governo terá que convencer os estados a reduzir esse encargo”, explica João Eloi Olenike, presidente do IBPT. Segundo a Secretaria de Estado da Fazenda, Minas já efetuou redução no ICMS em itens da cesta básica.
Veículo: Estado de Minas