As vendas da alemã Beiersdorf, fabricante dos cremes Nivea, aumentaram 17,7% na América Latina em 2012, impulsionadas principalmente pelo forte crescimento no Brasil. "O lançamento de uma série de produtos de consumo no mercado brasileiro com o objetivo de atingir a crescente classe média local com uma oferta customizada criou um novo impulso", afirmou a companhia em seu relatório de resultados.
A empresa informou que o Estado de São Paulo está cobrando o pagamento de € 100 milhões a € 150 milhões em tributos relativos ao período de 2005 a 2009 - um valor entre R$ 260 milhões e R$ 390 milhões, considerando-se a cotação de segunda-feira.
De acordo com a fabricante, o governo paulista alega que impostos de importação deveriam ter sido pagos no Estado, onde fica a sede da companhia, e não no local de desembarque de produtos. Para a Beiersdorf, a notificação é resultado da guerra fiscal entre Estados brasileiros. A disputa ainda está em esfera administrativa.
Globalmente, a companhia registrou aumento de 74% em seu lucro líquido em 2012, para € 451 milhões. As vendas subiram 7,2%, chegando a € 6 bilhões. O segmento de consumo - no qual a companhia atua com as marcas Nivea, Eucerin e La Prairie - apresentou receita 7,5% maior do que no ano anterior, de € 5 bilhões,.
As vendas da divisão de consumo cresceram apenas 1,4% na Europa e 2,7% na América do Norte em 2012. Nos mercados da África, Ásia e Austrália, o grupo apresentou vendas 17,1% maiores.
Veículo: Valor Econômico