Shopping Total se volta para grandes varejistas

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Inclusão da Renner, que inaugura hoje entre as lojas-âncora, está relacionada à demanda de consumidores



Não significa mudança conceitual, mas, sim, o “aperfeiçoamento” do mix de produtos, esclarece o superintendente do Shopping Total, Eduardo Oltramari, ao admitir que o empreendimento vem buscando criar novos espaços para abertura de unidades de grandes redes de varejo com foco no público feminino, que representa 74% do fluxo de clientes. Recentemente, a Pompéia abriu as portas no centro comercial – implementado há dez anos para agrupar um grande número de pequenas lojas – e, hoje é a vez de a Renner inaugurar sua 23ª operação no Estado (resultado de um investimento de R$ 4 milhões em uma área total de 1,3 mil m2) no local. De acordo com o superintendente do Total, as duas marcas foram as mais citadas em pesquisa de “lista de desejos” realizada junto aos consumidores do empreendimento no decorrer de 2012. “Costumamos desenvolver estudos qualitativos e quantitativos, e ambos indicaram a demanda - por parte das mulheres - por lojas de departamentos focadas em moda.”

Tanto a Pompéia quanto a Renner passaram a ser âncoras do shopping, ao lado da rede Zaffari. Mas outras mega lojas, como Gaston (calçados), Reebok (esportes), França (brinquedos) e Rainha das Noivas (cama, mesa e banho) também fazem parte do time de marcas consolidadas que foram integradas ao empreendimento ao longo dos últimos anos. Para as mais de 500 lojas-satélite do Shopping Total, a iniciativa é “bem-vinda”, garante Oltramari.

Ele diz que a presença da concorrência gigante não gera desconforto nos pequenos lojistas, “pois o complemento de mix é uma atratividade para o local”. “As pessoas se identificam com estas grandes marcas. A Renner é uma das principais lojas de departamento do País, então há uma sinergia de desejos do consumidor do Total, com a expectativa dos empresários do Shopping bem como das redes que chegam, atraindo mais público para o empreendimento.”

“O Total vem se desenvolvendo ano a ano: de 2010 para 2011, crescemos em torno de 40%”, diz a empresária Silvia Rachewsky Lemos, franqueadora da Contém 1G (de cosméticos e maquiagem) desde 2011. “De lá para cá, vi o quiosque crescer na faixa de 20% ao ano”, completa. Na opinião dela, quanto mais marcas consolidadas no centro de compras, sejam regionais ou nacionais, “melhor”. “Isso torna o empreendimento mais completo, atrai mais clientes (e os deixa satisfeitos), e garante maior tempo de permanência dos consumidores no espaço, beneficiando os lojistas que sabem aproveitar esta oportunidade.” Silvia completa que, “ao invés de sentir medo da concorrência, o pequeno empresário deve tirar proveito da mídia que as grandes redes geram”.

O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Ronaldo Sielichow, compartilha do mesmo pensamento: “As pequenas lojas que tiveram uma boa gestão se beneficiam disso, porque as maiores chamam público para dentro do shopping, então tem fatia de mercado para todo este pessoal”.

De acordo com Oltramari, não haverá redução do espaço destinado para as marcas menores, presentes desde a inauguração do empreendimento (a Pompéia, por exemplo, funciona em uma antiga área de entretenimento e lazer, e a Renner abre as portas em um espaço que estava desocupado). “Estamos investindo na qualificação do mix e ampliação da atratividade sem abdicar da diversidade, assim reunimos mais alternativas, com diferentes opções de compras.” O superintendente adianta ainda que em breve o Total ganhará mais uma âncora. “Já estamos em negociação com outra grande rede”, resume.



Veículo: Jornal do Comércio - RS


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