O presidente da Eletros, associação que reúne a indústria de eletrônicos, Lourival Kiçula, disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que estudos para renegociar com o Ministério da Fazenda a permanência do atual patamar da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre fogões, geladeiras e lavadoras estão quase prontos.
Estimulado pelo anúncio do governo, na semana passada, de que o corte do tributo federal para automóveis e caminhões será mantido até o fim de 2013, a Eletros também pretende reivindicar o mesmo benefício para as empresas do setor.
O anúncio da prorrogação da redução do IPI para automóveis e caminhões foi feito na noite de sábado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, depois que a colunista Sônia Racy antecipou a notícia na edição do Estado de quarta-feira.
Kiçula disse que o setor sempre pretendeu solicitar ao governo a extensão do benefício para a linha branca. Contudo, disse ele, a indústria eletroeletrônica tem até o fim de junho para negociar. "Os trabalhos estão semiprontos, mas o ideal é começar as conversas à véspera do término do acordo. (Ainda) É muito cedo", tergiversou o presidente da Eletros, para em seguida emendar: "Mas você pode estar certo de que em junho bateremos na porta do Ministério da Fazenda para negociar".
Kiçula disse que a indústria vai esperar os resultados de abril e maio para levar ao governo a reivindicação do atual patamar da alíquota do IPI. Desde 1.° de fevereiro a alíquota sobre linha branca, móveis, laminados, painéis de madeira, luminárias e papel de parede começou a subir.
O acordo, feito no final de dezembro de 2012, previa que os aumentos seriam graduais até que o imposto chegasse a uma alíquota intermediária em junho e integral em julho. Assim, o IPI sobre fogões que em 31 de janeiro era zero, em fevereiro subiu para 2% e a partir de julho voltaria a 4%. As geladeiras, cujo IPI 5%, subiu a 7,5% no mês passado e retomaria a alíquota normal de 15% em julho. O tanquinho, seguindo o mesmo calendário, saltaria de zero para 2% e chegaria em julho com o IPI em 10%.
Lavadoras. A única exceção entre os produtos da linha branca que manteria a alíquota reduzida, em 10%, seria a máquina de lavar. A alíquota normal do IPI para a máquina de lavar é de 20%.
Veículo: O Estado de S.Paulo