Rede de farmácias do grupo BTG também vê aumento da concorrência no Centro-Oeste
A Brazil Pharma, do grupo BTG, é a empresa do segmento de farmácias que tem demonstrado mais agressividade em expansão nos últimos anos. A companhia, criada em 2009, tem perseguido a meta de se tornar o maior grupo do segmento fora do Sudeste. Isto porque além da grande competição verificada na região, os custos também são mais altos nesta área do país.
Porém, mesmo com a expan- são acelerada — foram dez aqui- sições em quatro anos — , e as perspectivas de crescimento deste mercado, a Brazil Pharma admite que o varejo farmacêuti- co reserva sérios desafios. “Um ponto negativo do mercado é o aumento da competição nas regiões Centro-oeste e Nordeste”, afirma André Sá, presidente da Brazil Pharma.
No Centro-oeste, a compa- nhia opera a Drogaria Rosário e as franquias da Farmais. “Continuamos líder na região, mas seria ingenuidade dizer que a competição não vai aumentar”, diz Sá. Na região Nordeste é o estado da Bahia que apresenta uma competição mais acirrada, afirma o executivo. Lá, a companhia opera as unidades da Farmácia Sant’ana. A situação no estado ficou ainda mais complicada para a empresa no ano passado por causa do incêndio em seu centro de distribuição localizado em Salvador.
O acidente fez com que a em- presa dependesse dos distribui- dores para abastecer as lojas da Bahia, o que tornou mais difícil conseguir boas negociações com os fabricantes. Agora, com a conclusão do novo centro de distribuição, em Camaçari, a companhia espera retomar as rédeas do mercado baiano. Para este ano, está programa da a abertura de mais dois depósitos: um no Nordeste e ou- tro no Sul do país.
A companhia também possui armazéns em Belém (PA), Jaboatão dos Guararapes (PE), Brasília (DF) e Canoas (RS). O segundo pon- to negativo enfrentado no varejo de farmácias, segundo Sá, diz respeito a custo e inflação. “A inflação tem sido um problema para o país como um todo. Esta- mos tentando driblar isso com aumento de nossa eficiência. Na companhia, estamos com me- nos gente fazendo mais”, afir- ma. O crescimento orgânico deve continuar no mesmo ritmo do ano passado, quando a compa- nhia abriu 96 unidades. “Vamos inaugurar por volta de cem uni- dades. Acima disso aumenta a possibilidade de cometer er- ros”, diz Sá. Em 2012, a compa- nhia faturou R$ 2,6 bilhões, alta de 168,5% na comparação com o ano anterior. Já o lucro líqui- do do período caiu 63,8% para R$ 2,9 milhões
Veículo: Brasil Econômico