Cotações seguem em baixa

Leia em 2min 10s

O mercado internacional do café seguiu descendo em termos de preço ao longo do mês de março, cenário observado também para o grão no Brasil, tanto para o arábica quanto para o conillon. As cotações seguem sentindo os efeitos de um quadro um pouco mais tranqüilo no momento nas relações de oferta e de demanda, bem como da posição discreta dos compradores globalmente.

No lado da demanda, o momento segue sendo de cautela, com o fantasma da crise econômica europeia aparecendo vez ou outra, o que mantém os movimentos de compra das grandes indústrias da mão-para-boca, com estoques curtos. O fato do Brasil ainda contar com boa parte da safra 2012 a vender e estar diante da colheita de uma outra safra vigorosa em 2013, mesmo sendo de ciclo baixo produtivo dentro da bienalidade cafeeira, mantém as cotações internacionais sob pressão para o arábica.

O que limita as perdas neste momento no mercado internacional, afora já estar precificada a relação um pouco mais tranqüila na oferta em relação à procura, são as notícias de amplos problemas com ferrugem nas lavouras de arábica da América Central, que devem afetar a região principalmente em relação à produção 2013/14.

Outro fator dito como de sustentação para os preços do arábica veio da pressão do setor produtivo brasileiro para que o governo eleve o preço mínimo do café e sinalize com programa de opções e de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor).

Mas, ao final de março, de forma frustrante, o governo apenas anunciou a prorrogação de financiamentos de estocagem dos produtores. De fato, isso dá fôlego ao cafeicultor para segurar a oferta, mas é pouco diante dos anseios do setor. Ficou para abril agora a possível elevação do preço mínimo para R$ 340,00 a saca no arábica, bem como programas de auxílio à comercialização.

No caso do conillon, ou robusta, as atenções globais continuam sobre o Vietnã, que enfrenta problemas com a falta de chuvas em regiões produtoras. As precipitações voltaram em muitas áreas e isso pressionou para baixo os preços do robusta em Londres.

Na Bolsa de Nova York, no balanço de março, o café arábica caiu de 143,20 centavos de dólar por libra-peso no fim de fevereiro para 137,15 cents no último pregão de março, queda de 4,2%. O robusta em Londres recuou 2,7%, caindo de US$ 2.108 a tonelada para US$ 2.051 a tonelada.

No mercado físico brasileiro, apesar da retração do produtor, os preços seguiram as perdas internacionais. A alta do dólar em março colaborou para a sustentação das cotações.



Veículo: Diário do Comércio - MG


Veja também

Café diferenciado na Fazenda dos Patos

Maria Alice Sad: reconhecimento importante do nosso trabalho na fazendaOs produtores mineiros de café têm i...

Veja mais
San Marino já prevê recuperação neste ano

O ano de 2012 não foi exatamente tranqüilo para a indústria de calçados masculinos San Marino....

Veja mais
Chocolate gourmet tem preço diferenciado

Lucro líqüido da Barry Callebaut foi de 116,4 milhões de francos suíçosZurique - A fabr...

Veja mais
Otimismo para o Dia das Mães

As vendas do Dia das Mães, a ser comemorado no domingo, 12 de maio, devem crescer 9% nos shopping centers de todo...

Veja mais
Governo pode manter IPI para linha branca

Lojistas e representantes do setor começam a se organizar para pleitear um aumento para o prazo de manutenç...

Veja mais
Walmart espera vender 200% a mais de tablets neste mês

O Walmart apresenta as últimas novidades em informática, games, áudio, vídeo, fotografia, el...

Veja mais
Marca própria custa até 50% menos

Produtos da cesta básica e de vestuário são oferecidos por selos próprios das redes de super...

Veja mais
Flor entra no carrinho dos supermercados

Varejistas investem em logística para baratear custo, e vendas explodem; preço é até 50% men...

Veja mais
Empresas apostam no chocolate gourmet

Atrás de novo mercado, fabricantes nacionais investem em produto de melhor qualidadeHá dez anos, a Ag&ecir...

Veja mais