A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou ontem duas medidas para evitar a alta nos preços de algodão e de trigo. Uma das decisões elevou a quantidade de trigo em grãos que poderá entrar no país sem pagar Imposto de Importação. A cota, que era de um milhão de toneladas, passou para 2 milhões de toneladas, que poderão ser importadas com alíquota zero do tributo até 31 de julho deste ano. O percentual anterior do Imposto de Importação sobre esse produto era de 10%.
A medida foi motivada pela quebra de safra de trigo na Argentina, um dos principais fornecedores do produto ao Brasil. A Camex constatou que a produção nacional não teria condições de abastecer o mercado interno do país e, então, decidiu ampliar a quantidade de trigo em grãos que poderá ser importada sem a incidência do tributo. "O que é bom para conter a inflação", disse o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, ao sair da reunião.
A Camex também decidiu zerar a alíquota do Imposto de Importação para fibras de algodão, que era de 10%. A cota, nesse caso, é de 80 mil toneladas e o período para importação com o benefício foi fixado entre 1º de maio e 31 de julho. O produto é usado como matéria-prima pela indústria têxtil. Um dos motivos para a redução do imposto, segundo o Ministério do Desenvolvimento, foi a entressafra do produto, entre maio e julho.
Veículo: Valor Econômico