Clealco deixa de ser sócia da Copersucar

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O grupo Clealco, que desde 2010 era sócio da Copersucar, resolveu abrir mão da parceria. A empresa fechou contrato para continuar negociando parte de sua produção de açúcar com a trading, mas na condição de "terceiro", não de sócio.

A Clealco tem duas usinas sucroalcooleiras no Estado de São Paulo que, juntas, devem processar 7,9 milhões de toneladas de cana no ciclo 2013/14. A produção de açúcar deve atingir 679 mil toneladas, das quais pelo menos 200 mil toneladas serão comercializadas via Copersucar.

A venda de toda a produção de etanol, de 213 milhões de litros, ficará a cargo da Clealco. O grupo informou que sua equipe comercial será a mesma que já negociava açúcar e etanol antes da entrada na Copersucar. A empresa - que respondia por 7% do volume de açúcar e etanol movimentado pela Copersucar - resolveu deixar de ser sócia por avaliar que terá mais flexibilidade comercial para maximizar seus resultados.

A diretoria executiva do grupo explicou que vinha acompanhando o desempenho obtido nos últimos três anos em que seus estoques ficaram sob a gestão da trading, e a avaliação foi a de que haveria potencial para obter resultados de 10% a 15% maiores.

A Copersucar informou que das três safras de permanência da Clealco, há resultado auditado em duas. Na 2010/11, a trading entregou aos sócios remuneração 7,6% acima dos preços auferidos pela Esalq/USP, percentual que na 2011/12 foi de 5,1% - margens consideradas "muito boas" pelo mercado, segundo a trading. O resultado do ciclo 2012/13 será divulgado em meados de maio.

Maior trading global de açúcar e etanol, a Copersucar informou ainda que, por integrarem a empresa, suas sócias têm sido classificadas num bom patamar de risco pelas agências internacionais de rating e que, por isso, vêm conseguindo captar recursos a taxas de juros mais atrativas.

A trading afirma que, do ponto de vista de volume, a saída da Clealco não afetará seu crescimento na safra 2013/14. No ciclo passado, a companhia movimentou açúcar e etanol equivalentes a 115 milhões de toneladas de cana-de-açúcar (95 milhões de toneladas de sócios e 20 milhões de toneladas de terceiros). No ciclo 2013/14, esse volume vai subir para 130 milhões de toneladas de cana (100 milhões vinda de sócios e 30 de terceiros). Os números já consideram a Clealco como cliente da originação.



Veículo: Valor Econômico


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