Mais milho na colheita de grãos em 2012/13

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A Conab revisou ligeiramente para cima sua estimativa para a produção nacional recorde de grãos em 2012/13, para 184,45 milhões de toneladas, 0,3% acima do volume estimado em março e 10,8% mais que na temporada 2011/12. O ajuste foi definido por uma correção para cima na projeção para o milho, que compensou as reduções nas projeções para algodão, arroz, feijão e soja.

Conforme levantamento divulgado ontem, a produção de milho deverá totalizar 77,452 milhões de toneladas, aumento de 6,1% sobre o ciclo anterior e novo recorde. O crescimento, mais uma vez, será puxado pela segunda safra. Alavancada por Mato Grosso, a colheita da "safrinha" tende a subir 9,1%, para 42,685 milhões de toneladas. Já a safra de verão, cuja colheita está no fim, tende a ser de 34,767 milhões de toneladas, 2,7% superior que a de 2011/12.

Ainda assim o milho, que puxou a produção brasileira de grãos no ciclo passado, uma vez que as adversidades climáticas prejudicaram mais a soja, voltará a perder para a oleaginosa em 2012/13. Conforme a Conab, os sojicultores colherão 81,941 milhões de toneladas - 0,1% menos que o previsto em março, mas 23,4% a mais que no ciclo anterior.

Mas, ainda que essa "disputa" entre os carros-chefes da produção de grãos atraia atenção pelo peso que ambos têm para o agronegócio nacional, chamaram mais a atenção as correções feitas para algodão, arroz e feijão - particularmente os dois últimos, que têm pesos consideráveis na inflação, já que o primeiro encara cotações desestimulantes.

Segundo a Conab, o cultivo de arroz "vem caindo safra a safra" devido à concorrência com soja e o milho, além da "diminuição de abertura de novas áreas e problemas climáticos adversos no Nordeste". Neste ano, a produção também foi afetada por problemas climáticos no Sul, que responde por três quartos da produção. A produção de feijão também foi prejudicada pelo clima - só que no Centro-Sul -, por ataques de pragas e pela competição com a soja.

Em levantamento também divulgado ontem, o IBGE baixou em 1,2% em relação à projeção de março, para 181,3 milhões de toneladas, seus cálculos para a colheita total de grãos do país neste ano, em razão de perdas climáticas em lavouras de soja e milho. Mas, também segundo o IBGE, se trata de volume recorde, 12% maior que o apurado em 2011.



Veículo: Valor Econômico


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