Conab prevê aumento de 11% na produção de cana do Brasil no ciclo 2013/14

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A produção brasileira de cana-de-açúcar deverá crescer 11% nesta safra 2013/14, que começou em 1º de abril, para 653,8 milhões de toneladas, de acordo com estimativa divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Para o Centro-Sul, região que representa mais de 90% da produção do país, a estatal também previu 11,5% de crescimento, para 594 milhões de toneladas.

O levantamento, realizado entre os dias 3 e 16 de março, surpreendeu pela previsão ambiciosa para a oferta de açúcar na região Centro-Sul. A companhia estimou uma produção de 39,1 milhões de toneladas da commodity na região, o que, se confirmado, significará um aumento de 14,6%. Para o etanol, cujos preços estão mais atraentes ao produtor, a Conab previu um avanço menor, de 9,2%, para 23,8 bilhões de litros (10,3 bilhões de litros de anidro e 13,5 bilhões de litros de hidratado).

O número para o açúcar foi recebido com descrença pelo mercado. A trading inglesa Czarnikow, por exemplo, acredita que não haja capacidade suficiente de cristalização no Centro-Sul para a produção de 39 milhões de toneladas de açúcar.

Além disso, segundo a trading, não há incentivo de preço no mercado para estimular esse nível de produção da commodity, uma vez que os preços do etanol seguem mais atrativos do que os do açúcar. O anidro, que é misturado à gasolina, por exemplo, está remunerando até 12% mais a usina do que a commodity.

Para a produção brasileira de açúcar, a Conab previu 43,55 milhões de toneladas, um crescimento de 13,61% em relação à temporada 2012/13. A área total destinada à cultura no país cresceu 4,8% neste ano, para 8,89 milhões de hectares, e a produtividade média dos canaviais deve ser 5,9% maior, em torno de 73,52 toneladas por hectare.

Ainda de acordo com a Conab, as usinas deverão destinar 331,65 milhões de toneladas de cana (um aumento de 13,22% em relação à safra passada) para a produção de açúcar. Outras 322,15 milhões de toneladas (aumento de 8,84%) deverão ser moídas para a fabricação de etanol, cujo volume total deve crescer 8,99%, para 25,76 bilhões de litros no país. A produção de álcool anidro (misturado à gasolina) deve crescer 15,35%, para 11,36 bilhões de litros. Já a produção de álcool hidratado (vendido na bomba) deve totalizar 14,4 bilhões de litros, um aumento de 4,45%.



Veículo: Valor Econômico


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