A Positivo Informática, que entrou no mercado de celulares e smartphones em novembro por meio de importação de produtos feitos sob encomenda na China, começará a fabricar os itens no Brasil em junho. O local está em estudo, mas análises iniciais indicam que a montagem será feita na unidade da empresa em Manaus.

A produção local estava prevista desde a estreia da companhia no segmento. "Tributariamente é mais vantajoso", afirma Hélio Rotenberg, presidente da Positivo, citando a anunciada desoneração de PIS e Cofins para smartphones produzidos no país. A empresa tem no mercado quatro modelos de aparelhos e planeja oferecer ao consumidor outros seis em 2013.

Rotenberg conta que o foco da Positivo neste ano são telefones, "produto a ser sedimentado" pela empresa que é líder na fabricação de computadores no Brasil. "Temos de mostrar a que viemos e conquistar participação de mercado significativa", diz. Segundo ele, os componentes para a fabricação no país já foram importados.

A diversificação é uma forma de a Positivo ficar menos dependente das margens apertadas do mercado de computadores. A empresa também tem leitores de livros eletrônicos e tablets e mantém loja virtual para a venda de conteúdos e serviços.

Rotenberg afirma que há outros estudos em andamento, como a fabricação de TVs, mas adianta que "é um mercado difícil" e que "não está animado" para entrar nele. "Estamos acompanhando tudo", diz, sobre a evolução da convergência digital. A Positivo já tem o PCTV e o notebook TV.

Na opinião dele, com os tablets e celulares, a Positivo Informática deixou de ser uma companhia de computadores para ser uma empresa de dispositivos. "Qualquer trocadilho entre as palavras dispositivo e positivo é coincidência", brinca o empresário.



Veículo: Valor Econômico