Nestlé cresce no trimestre, mas prevê ano instável
A Nestlé, maior fabricante de alimentos do mundo, divulgou ontem uma receita de 21,9 bilhões de francos suíços (US$ 23,52 bilhões) no primeiro trimestre, o que representa uma alta de 5,4% em bases anuais.
A companhia suíça teve crescimento orgânico, excluindo aquisições, de 4,3%. "O começo deste ano reflete a
cautela que expressamos em fevereiro. Continuamos esperando instabilidade no ano", afirmou em nota Paul Bulcke, presidente da Nestlé.
Na América Latina, a suíça destacou dois países: México e Brasil. No território mexicano, os principais
produtos que aumentaram o faturamento, segundo o comunicado, foram sorvete e laticínios em geral.
Já no mercado brasileiro, "todas as categorias tiveram boa performance", informou a empresa. Mas o segmento de nutrição infantil apresentou desempenho ainda melhor, ajudando em ganhos de participação de mercado no período.
De acordo com a Nestlé, o maior volume vendido de produtos no mundo foi responsável pelo avanço de 2,3%, enquanto uma alta de 2% foi devido a um reajuste para cima nos preços praticados. Aquisições geraram um crescimento de 2%, ao mesmo tempo em que o efeito cambial dos diversos países em que a companhia atua produziram impacto negativo de 0,9%.
Apesar de ter registrado um maior faturamento, é a perda de ritmo que preocupa a empresa suíça. No primeiro trimestre de 2012, o avanço, em mesmas bases, havia sido de 7,2%. Mesmo assim, a administração elogia as cifras. "Estamos com desempenho acima do mercado na Europa, onde a confiança do consumidor continua baixa", disse Bulcke.
Nas três regiões em que divide as operações, a Nestlé observou crescimento. A alta foi de 5,1% nas Américas, de 6,1% no grupo da Ásia, África e Oceania, e de 1% no continente europeu. Na separação entre mercados emergentes e desenvolvidos, os primeiros tiveram expansão de 8,4%, contra incremento tímido de 0,9% dos outros.
Mesmo com cautela em relação aos números, a Nestlé resolveu manter as metas para 2013. O crescimento orgânico das vendas continua esperado entre 5% e 6%, com aumento no lucro operacional, na margem operacional e no lucro consolidado por ação, excluindo efeitos cambiais.
Veículo: Valor Econômico