Lego Zoom abre capital para conquistar mercado externo

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Representante da Lego Education no país venderá parte da empresa para fundo e lançará ações este ano

Presente na mochila de 1,5 milhão de alunos no Brasil, a Lego Zoom, empresa fundada pelo empresário Marcos Wesley e que representa no país os kits educacionais da Lego, anunciará em julho a venda de um percentual da empresa a um fundo de private equity, cujo nome ainda não foi divulgado.

A empresa produz material didático para escolas do ensino médio e fundamental e busca com essa capitalização a saída para financiar sua expansão no mercado nacional, onde atua por meio de franquias. “Esse é o quarto ano em que nosso balanço é auditado. Estamos nos preparando e as negociações estão bem avançadas, mas ainda não posso revelar o nome do comprador”, afirma Wesley.

A iniciativa prepara a companhia para umprovável IPO, que tem como objetivo impulsionar a internacionalização da empresa, que começou a atuar há três anos em países como o México e a Argentina. “Hoje, nosso faturamento no Brasil representa quase 70% do que o Lego Education, braço educacional da corporação dinamarquesa, movimenta nos Estados Unidos.”

Aqui no Brasil, a empresa atua de duas formas: com a a venda de apostilas que servem de material de apoio para a grade curricular, e também com conteúdo para a formação de empreendedores, por meio de parcerias com Sesi e Senai, e também com a venda de kits e de apostilas de robótica, usadas pelas escolas como atividade extracurricular.

Presente em mais de quatro mil escolas, distribuídas por cem municípios brasileiros, a Lego Zoom vende as apostilas para os alunos – os preços variam entre R$ 180 e R$ 240 -, que usam omaterial durante todo o ano letivo. As escolas que aderam ao programa oferecem esse material de apoio durante os 12 anos do ensino básico e fundamental. Além disso, os professores dessas escolas, particulares e públicas, fazem 64 horas de treinamento para aprender a usar o kit de brinquedos e outras peças da Lego, de forma multidisciplinar.

Desde 2003, quando a empresa criou esses materiais paradidáticos, a Lego Zoom já investiu R$ 20 milhões na elaboração das apostilas.

O modelo de franquia que Wesley usou para expandir o negócio foi criado em 2009. A rede reúne 26 franqueados.


Cada um deles pagou entre R$ 200 mil a R$ 800 mil para se associar à rede. Do ano passado para cá, a Lego Zoom vem repassando aos franqueados alguns contratos que administrava para se concentrar nos planos de expansão. A capital de São Paulo, por exemplo, onde a rede concentra cerca de um milhão de alunos, está à venda.

A Lego Zoom pretende se interiorizar nos próximos anos. Além do interior do sudeste e Bahia, a empresa pretende reforçar sua presença em mercados do norte, nordeste e centrooeste, onde sua atuação é pequena ou inexistente.

O segmento que mais cresce em termos de rentabilidade, no entanto, é o de conteúdo extracurricular, que não segue as diretrizes do Ministério da Educação (MEC), e que se dedica à formação de empreendedores. Com dez mil alunos, esses cursos abordam noções de empregabilidade, tomada de decisões, planejamento, ministrados ao longo de um ano. Voltado para crianças a partir de 10 anos de idade, o Lego Líder foi adotado em 283 escolas de ensino médio e técnico de Pernambuco.

Criada a partir dos kits de robótica que Marcos Wesley começou a desenvolver e a vender em meados dos anos 90, o Lego Genius é umprograna extracurricular, com módulos semestrais, para despertar as crianças de entre 7 e 9 anos de idade para os fundamentos básico da ciência e da tecnologia.



Veículo: Brasil Econômico


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