Companhia de Fiação Cedro Cachoeira muda o comando este ano

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Uma das mais antigas indústrias têxteis do País trocará de comando neste ano. Em dezembro, Marco Antônio Branquinho Junior assumirá a presidência da Cedro Têxtil, de Belo Horizonte. O executivo, mais conhecido como Branquinho, é o atual diretor de gestão e recursos humanos da Companhia de Fiação e Tecidos Cedro Cachoeira, empresa fundada em 1872, em Minas Gerais.

Em entrevista exclusiva ao DCI, durante o desfile do estilista Victor Dzenk, na última edição do Minas Trend Preview, este mês, Branquinho falou sobre os planos futuros. O executivo será o 13º presidente da companhia, que foi comandada ao longo dos últimos anos por integrantes da família Mascarenhas. Ele assume no lugar de Aguinaldo Diniz, que também preside a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT).

Segundo o executivo, a Cedro tem um dispositivo em seu estatuto que impõe limite de idade aos membros da diretoria e do conselho, motivo pelo qual Diniz está saindo. "Assumo a partir de 1º de dezembro. Estou na Cedro há 10 anos, o que é pouco para uma empresa de 140 anos", diz Branquinho, acrescentando que sua posse é mais uma etapa no processo de profissionalização da companhia, que hoje só tem executivos em seu corpo diretivo.

"A família controladora está presente no conselho, conforme acordo de acionistas, mas no dia a dia os profissionais de mercado já assumiram há algum tempo", diz. Fundamental, segundo ele, é ter o "sentimento de dono", ou seja, tomar conta do negócio como se fosse o próprio dono.

"Procuramos desenvolver este sentimento, seja um gerente, um diretor, não importa, o importante é que eles cuidem do que está sob a sua supervisão como se fossem donos", explica. O grande mérito desta transição, na opinião do executivo, é que ela não representará nenhuma grande ruptura na trajetória da companhia. "Na verdade é a continuidade de um projeto cooperativo de empresa", disse.

Para ele, a grande tarefa que terá pela frente e o que mais preocupa é a concorrência asiática. "É uma situação que vem se arrastando há alguns anos. Não só dos chineses, mas a estrutura de importação como um todo, o seu descontrole", diz. A Cedro produz denim, brim e telas em quatro unidades: duas em Pirapora, uma em Caetanópolis e uma em Sete Lagoas. Seus tecidos abastecem dois segmentos: moda, cujos clientes incluem C&A, Riachuelo, Renner, Forum e M.Officer; e profissional, vestindo funcionários de empresas como Petrobras e Volkswagen.



Veículo: DCI


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