O Ministério da Agricultura informou ontem que a entrevista com o ministro Antônio Andrade, na qual seria anunciado um novo preço mínimo do café, foi cancelada. Em nota, a assessoria de imprensa do ministério não explicou o motivo do cancelamento. A assessoria disse ainda à Reuters que não sabe se o preço mínimo foi ou não elevado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Os futuros do café arábica registraram forte alta ontem na bolsa de Nova York diante da notícia de que o Ministério da Agricultura do Brasil anunciaria, às 15h, o novo preço mínimo do produto, disseram fontes do mercado.
Em nota pela manhã o Ministério da Agricultura não informou para quanto poderia subir o preço mínimo do café.
O preço mínimo é utilizado para a formulação de uma política de sustentação das cotações no maior produtor e exportador global da commodity.
"Após o preço mínimo, deve ser divulgada alguma política de sustentação de preços... Parece que essa alta é uma antecipação do mercado a essas políticas", disse Eduardo Carvalhaes Júnior, da corretora Carvalhaes, ao comentar o assunto.
O primeiro contrato do café fechou ontem com alta de 3,3% (preliminar), a US$ 1,39 por libra-peso, após subir mais de 4%.
Uma elevação do preço mínimo é aguardada por agricultores do Brasil, que sofrem com preços internacionais oscilando perto da mínima de três anos, após uma safra recorde no país e com a proximidade de uma nova grande colheita. Atualmente o preço mínimo do café arábica está em R$ 261,69 no País. Os preços praticados atualmente no mercado do arábica estão ao redor de R$ 300 por saca. A alta no preço mínimo do café poderá viabilizar algumas ferramentas governamentais de apoio ao setor.
Veículo: DCI