Emprego em Minas tem alta de 0,3% em março

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Resultado foi o 3º melhor do país.

O emprego industrial em Minas Gerais cresceu 0,3% em março frente ao mesmo mês de 2012. O resultado, mais uma vez, ficou acima da média nacional, que registrou queda de 0,6% no período, segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do Estado foi o terceiro melhor do Brasil, ficando atrás apenas de Paraná (2%) e Santa Catarina (0,4%).

Nas demais bases de comparação, os números de Minas também foram superiores aos verificados no país, onde, inclusive, foi registrada queda na maior parte dos indicadores. No primeiro trimestre, por exemplo, observou-se expansão de 0,2% no emprego industrial em Minas e retração de 1% no país. Já os resultados acumulados dos últimos 12 meses foram de 0,4% e -1,4%, respectivamente.

O índice positivo no Brasil foi observado no total do pessoal ocupado assalariado, que cresceu 0,2% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após registrar quedas de 0,3% em dezembro, 0,1% em janeiro e estabilidade (0,0%) em fevereiro. Essa série não é estimada para as unidades da federação.

Sem surpresa - Na avaliação do analista do IBGE Minas, Antônio Braz de Oliveira e Silva, não houve nenhuma surpresa quanto aos resultados do terceiro mês de 2013 no Estado. Porém, segundo ele, é válido ressaltar que apesar de modestos, os resultados de Minas Gerais ainda encontram-se na contramão da média nacional.

"Para se ter uma ideia, no acumulado dos últimos 12 meses a média brasileira está negativa desde abril de 2012, enquanto no Estado o desempenho segue positivo nos últimos 24 meses. O último resultado negativo em Minas neste tipo de comparação foi registrado em setembro de 2010, quando a indústria ainda estava sob os efeitos da crise", explica.

Ainda assim, conforme Silva, daqui para frente será preciso ter cautela com as projeções sobre o emprego industrial em Minas Gerais. Isso porque desde fevereiro o setor no Estado não vai tão bem. A Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada na última quinta-feira, também pelo IBGE, mostrou queda de 1,5% no acumulado do primeiro trimestre, por exemplo.

"Até estes resultados as projeções indicavam um rumo, depois deles, já não é tão fácil prever como vai ficar a situação. Caso essa redução na produção se mantenha, os impactos chegarão ao mercado de trabalho", garante.

Entre os setores que se destacaram na geração de empregos industriais no Estado, na comparação mensal, estão a indústria extrativa e a de transformação, com crescimentos de 2% e 0,2%, respectivamente.

Os desempenhos mais expressivos foram observados na fabricação de meios de transporte (9,3%), de minerais não-metálicos (6,8%) e calçados e couro (5,2%). Já os resultados negativos foram observados principalmente na indústria de madeira (-14,4), fumo (-11,4%) e vestuário (-9,5%).

Folha - Já no que se refere ao valor da folha de pagamento real do setor industrial no Estado, houve avanço de 2,2% em março na comparação com o mesmo mês do exercício passado, índice semelhante aos 2,4% registrados pela média nacional.

Já a variação acumulada em 12 meses também foi positiva em 4,5% para Minas e em 3,7% para o país, enquanto a folha de pagamento real por trabalhador na indústria mineira apresentou um aumento mensal de 1,9% e evolução de 4,1% no acumulado em 12 meses, de acordo com a pesquisa divulgada pelo IBGE.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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