HTC tenta recuperar antigo prestígio

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Há menos de dois anos, a HTC era a pequena companhia de Taiwan que estava batendo na Apple em seu próprio quintal. A HTC, que já trabalhou sob contrato, foi a maior fabricante de smartphones nos Estados Unidos no terceiro trimestre de 2011, abocanhando 24% do mercado com aparelhos vendidos em diferentes faixas de preços. Dois meses depois, a queda começou: o lançamento do iPhone 4S abalou a HTC e a empresa disse aos investidores que estava cortando sua previsão de receita em mais de 20% para um trimestre que ainda estava na metade.

Desde então, a Apple e a Samsung lideram o mercado com smartphones que os consumidores fazem filas para comprar. A HTC, por sua vez, há muito vem vendendo uma linha de aparelhos a preços e qualidade variados para companhias telefônicas. Sem poder suficiente, a participação da companhia nas vendas mundiais de telefones caiu mais de 60% no último ano e meio, segundo a empresa de pesquisas de mercado IDC, de 10,3% do mercado para menos de 4,2%.

Em 8 de abril a HTC anunciou um lucro trimestral de apenas US$ 85 milhões de Taiwan (US$ 2,9 milhões), uma queda de 98% em comparação ao mesmo período do ano passado, depois que o adiamento do lançamento de sua própria tentativa de um telefone inovador, o HTC One, afetou as vendas. A companhia disse em 2 de maio que espera uma queda de 23% na receita em comparação ao ano passado. "O mercado mudou e isso foi um pouco inesperado", disse o executivo-chefe Peter Chou sobre a mudança dos consumidores para telefones de marca como o iPhone e o Galaxy.

Agora, Chou está tentando voltar com o One, finalmente lançado nos Estados Unidos em 19 de abril. O telefone elegante e metálico, que roda no sistema operacional Android, recebeu críticas entusiasmadas da mídia. O aparelho tem uma tela com resolução maior que a do iPhone 5, alto-falantes estereofônicos frontais e uma câmera que tira fotografias em alta resolução mesmo com pouca luz.

A HTC está dando uma esperança a outros fabricantes de telefones que não estão conseguindo criar celulares que rivalizem com os produtos da Apple e da Samsung, como a BlackBerry e a Nokia. Apesar dos últimos trimestres desapontadores, a HTC tem US$ 1,6 bilhão em caixa e nenhuma dívida de longo prazo. A empresa nunca registrou um prejuízo e cortou os dividendos em 95% para preservar o caixa.

O sucesso de Chou vai depender da confirmação de que a HTC deixou para trás um período de turbulências internas. O executivo-chefe demorou mais de um ano para ser convencido a abandonar o invólucro preto dos telefones da companhia, que ele considerava icônico, para acompanhar o modelo Apple-Samsung, segundo informam atuais e ex-funcionários, e fornecedores, que não têm autorização para falar em nome da fabricante.

Pelo menos seis executivos da cúpula deixaram a companhia nos últimos dois anos, incluindo seus diretores de design e marketing. Chou disse que melhorou a produção, reforçou o orçamento de marketing e está encorajando novas ideias. "Se não deixarmos as pessoas aparecerem com suas ideias, como teremos um produto inovador como este", diz ele sobre o HTC One.

Calvin Huang, diretor da empresa de investimentos Sapphire Capital Partners, afirmou: "Os problemas fundamentais de Chou e sua administração não foram mudados pelo fato de o HTC One ser um bom produto."



Veículo: Valor Econômico


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